Vítima de cancro nos ossos, morreu hoje Diogo Freitas do Amaral, internado há cerca de três semanas no Hospital da CUF, em Cascais, embora também estivesse a ser seguido por especialistas da Fundação Champalimaud. Tinha 78 anos.
Professor catedrático de Direito, antigo procurador da Câmara Corporativa, deputado em várias legislaturas, vice-primeiro-ministro de Sá Carneiro (e primeiro-ministro interino após a sua morte), membro do Conselho de Estado, mais de uma vez ministro da Defesa Nacional e dos Negócios Estrangeiros, Presidente da União Europeia das Democracias Cristãs, um dos autores da revisão constitucional de 1982, candidato presidencial em 1986 e, em 1995, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, deixa uma bibliografia com mais de sessenta títulos, incluindo os três volumes das Memórias, o último dos quais lançado há três meses.
Fundador do CDS em Julho de 1974, juntamente com Adelino Amaro da Costa, Basílio Horta, Victor Sá Machado, João Morais Leitão e outros, dirigiu o partido até 1982, mas abandonou-o em 1992.
O Governo decretou luto nacional no próximo sábado, dia do funeral. O primeiro-ministro foi claro: «Morreu um dos fundadores do regime democrático». O Presidente da República cancelou a viagem ao Vaticano.
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