sábado, 5 de junho de 2021

ACABOU A FESTA


Com o lançamento de Devastação, o mais recente dos meus livros, terminou esta tarde a 5.ª edição de Alvalade Capital da Leitura.

Tudo aconteceu no Museu Bordalo Pinheiro e não podia ter corrido melhor. Cecília Andrade, editora da Dom Quixote, abriu a sessão com palavras de extrema generosidade. Teresa Sousa de Almeida apresentou a obra com o rigor académico a que nos habituou. Luis Lucas leu um dos contos com a sagesse de um grande actor.

A José António Borges, presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, coube fazer a síntese da semana, fazendo-o com desenvoltura, eloquência e verdadeira empatia.

Os amigos que estavam vieram todos de longe. Em suma, foi deveras emocionante.

Nos instantâneos fotográficos vêm-se, de cima para baixo e da esquerda para a direita, Cecília Andrade, Teresa Sousa de Almeida, Luís Lucas, José António Borges e eu próprio no uso da palavra.

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LANÇAMENTO NO BORDALO


O lançamento é hoje (18:00), no Museu Bordalo Pinheiro.

Apresenta o livro Teresa Sousa de Almeida, professora de literatura francesa e portuguesa da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde também leccionou teoria feminista.

Luis Lucas, actor que dispensa apresentações, vai ler um dos contos.

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ACL, DIA SEIS


Alvalade Capital da Leitura termina hoje ao fim da tarde com o lançamento do meu novo livro de contos, Devastação.

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sexta-feira, 4 de junho de 2021

MAGIA NO PALÁCIO PIMENTA


Como se estivéssemos mergulhados num filme de Lina Wertmüller, os pavões enlouqueceram assim que Händel abriu a noite. A partir daí, tudo — música, poesia, aves, vento, folhagem, iluminação — contribuiu para a magia da noite. Deslumbrante talvez seja o adjectivo adequado.

Não sei como agradecer a Maria João Luis e Manuel Wiborg, aos músicos dos Três Actos (Cristina Almeida, Miguel Vasconcelos, Simão Fonseca e Gonçalo Francisco), aos técnicos de luz, às próprias aves alucinadas. Bem hajam todos!

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ACL, DIA CINCO


Esta noite, nos jardins do Palácio Pimenta, vamos ter poesia e música.

Os poemas, meus e de outros nove poetas contemporâneos (ver imagem), serão lidos por Maria João Luis e Manuel Wiborg, nomes maiores do teatro português.

Bach, Barber, Glière e Händel — cuja Sarabanda abre o sarau —, interpretados por Cristina Almeida, primeiro violino, Miguel Vasconcelos, segundo violino, Simão Fonseca, viola de arco, e Gonçalo Francisco, violoncelo, preenchem a quota musical.

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quinta-feira, 3 de junho de 2021

NOITE LGBT


Ana Luísa Amaral (em zoom), Miguel Vale de Almeida, Marinela Freitas e eu próprio, na noite LGBT que decorreu hoje no Caleidoscópio.

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ACL, DIA QUATRO


Esta noite, no Caleidoscópio, Miguel Vale de Almeida modera um debate sobre literatura LGBT, no qual participo, juntamente com Ana Luisa Amaral e Marinela Freitas.

O debate é antecedido pela exibição de um pequeno excerto do filme The Untold Tales of Armistead Maupin de Jennifer M. Kroot, cedido pelo Queer Lisboa.

As limitações horárias impostas pela DGS impedem a sua exibição integral. Quem o quiser ver todo pode fazê-lo no próximo sábado à tarde, no mesmo local, mas sem debate.

Depois do colóquio sobre poesia na Biblioteca Nacional de Portugal, da inauguração do mural de Vanessa Teodoro com poema meu, do debate sobre crítica literária que teve lugar no Mercado, e da bula-bula sobre memórias coloniais realizado ontem na Galeria 111, a sessão de hoje é portanto a 5.ª da edição 2021 de Alvalade Capital da Leitura.

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quarta-feira, 2 de junho de 2021

LM NA GALERIA 111



Magnífica noite de memórias laurentinas na Galeria 111. Ao alto, da esquerda para a direita, vêem-se Eugénio Lisboa, Maria João Seixas, eu próprio e José Gil. De costas, entre outros, Carlos Vaz Marques, Arlete Brito, Jorge Neves (meu marido), José António Borges, presidente da Junta de Alvalade, e Alexandre Pomar.

Na foto de baixo estou eu e a Maria João, que moderou a conversa. Atrás de nós, um magnífico óleo da Solfatara de João Jacinto.

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VISTA DESIMPEDIDA


Finalmente de extremo a extremo, sem automóveis estacionados. A fotografia é do atelier de conteúdos audiovisuais Two and One e foi roubada a Vanessa Teodoro, autora do mural com poema (meu) dentro. As letras vermelhas em 3D reproduzem o último verso: E se tudo, de repente?

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ACL, DIA TRÊS


Esta noite, na Galeria 111, Maria João Seixas modera uma conversa sobre memórias coloniais. Moderadora e participantes — Eugénio Lisboa, Isabela Figueiredo, José Gil e eu próprio — nasceram todos em Moçambique.

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ESCOLHAS


Hoje na Sábado.

Os indefectíveis de Patricia Highsmith (1921-1995) dispõem agora, não de um novo thriller, mas do ensaio Suspense ou a Arte da Ficção. Mais do que um manual de escrita criativa, trata-se de um companion da obra. Publicado em 1966, quando era já uma escritora consagrada (o seu alter-ego, Ripley “nasceu” em 1955), Highsmith fez em 1981 uma edição revista e alargada, agora traduzida. Filha de um casal de artistas que se divorciou antes do seu nascimento, Highsmith foi uma vítima da depressão e do álcool, uma lésbica socialmente inadaptada que criou uma das obras literárias mais consistentes do século XX. Preciosa, esta tese sobre a arte da ficção. Publicou a Cavalo de Ferro.

Aos poucos, vai-se fazendo a história da colonização. O segundo volume das memórias de João Afonso dos Santos (n. 1927), Até ao Cair da Folha, abrange os anos que vão de 1947 a 1975. Sob um título genérico — O Último dos Colonos —, o autor põe em letra de forma «impressões e rememorações» do tempo passado em Moçambique, onde viveu em dois períodos distintos, primeiro em criança (o pai era juiz e estava radicado na Colónia desde os anos 1930), depois em adulto, como advogado. Tal como no primeiro volume, relata peripécias do irmão mais novo, o cantor Zeca Afonso, professor do ensino secundário em Lourenço Marques e na Beira, nos anos 1960. O autor discreteia sobre a oposição ao Estado Novo, levando o relato até à independência do país. Além de retratos de família, o volume inclui documentos da transição independentista. Publicou a Sextante.

Um novo livro da israelita Zeruya Shalev (n. 1959), O Que Resta da Nossa Vida, expõe vários tabus a partir do momento em que uma octogenária moribunda passa a sua vida em revista, dos anos do kibutz aos desacertos da vida em família: um filho advogado de causas “erradas”, uma filha por quem sente repulsa desde a gravidez. A neta, por sua vez, despreza a mãe. Mas o plot não se esgota no drama familiar. São claras as críticas da autora (vítima de um atentado terrorista em 2004) à política de expansão israelita. Pela sua tradução em França, O Que Resta da Nossa Vida recebeu o Prémio Femina Étranger. Publicou a Elsinore.

A saga de Harro e Libertas Schulze-Boysen, o casal alemão que lutou contra Hitler, é o tema de Os Infiltrados, de Norman Ohler (n. 1970), jornalista especializado em história da Segunda Guerra Mundial. Escrito com exemplar minúcia, o autor faz questão de sublinhar que não se trata de um texto ficcional. A nota prévia faz luz sobre a razão de ser do livro. A partir de correspondência, diários e recortes de imprensa, Ohler reconstrói a vida de Harro e Libertas, membros destacados da Orquestra Vermelha, nome dado pela polícia política aos dissidentes. Harro era um intelectual de esquerda quando a guerra fez dele oficial da Luftwaffe. Libertas foi uma aristocrata liberal que se afastou das simpatias pró-nazis da família para acompanhar o amante e futuro marido. Os dois tinham um casamento aberto, e uma intensa vida boémia, mas nada disso os desviou da espionagem a favor da União Soviética e do auxílio a judeus perseguidos. Em Dezembro de 1942, com uma hora de intervalo, ambos foram executados. Todas as fontes estão creditadas e as inúmeras fotografias ilustram os anos felizes. Publicou a Vogais.

Saiu mais um livro vermelho da Guerra & Paz — Vamos Ler! Um Cânone Para o Leitor Relutante, de Eugénio Lisboa (n. 1930), suma de cinquenta obras de trinta e cinco autores portugueses. Destinado a leitores relutantes, exclui autores que, «embora grandes ou notáveis, não se adequam ao [objectivo de] atrair leitores.» A ressalva justifica as ausências de, entre outros, Aquilino e Herberto, privilegiando as presenças de Eça, Régio, Sena, Sophia, etc. Eugénio Lisboa “defende” as obras escolhidas, uma delas de Miguel Sousa Tavares. Não faltam remoques à crítica highbrow. Sínteses biográficas de cada autor ajudam o leitor a contextualizar a obra. Publicou a Guerra & Paz.

Com A Força da Não-Violência, a filósofa americana Judith Butler (n. 1956) põe em pauta, de forma clara, o debate em torno da desobediência civil, sublinhando as questões éticas associadas à ambiguidade semântica dos conceitos de violência e não-violência. Mas as vagas de imigrantes fugidos à guerra, o feminicídio, o movimento Ni Una Menos, etc., também são tratados, tornando leitura do livro deveras estimulante. Publicaram as Edições 70.

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terça-feira, 1 de junho de 2021

CRÍTICA


Instantâneo do debate sobre crítica, realizado no Mercado de Alvalade.

Da esquerda para a direita vêem-se Carlos Vaz Marques (moderador), Manuel Frias Martins, eu próprio no uso da palavra, Pedro Mexia, Isabel Lucas e Helena Vasconcelos.

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ACL COM MURAL

Pena o dia estar cinzento, porque com sol é outra coisa. O mural foi inaugurado hoje às cinco da tarde, na presença de amigos.

Na foto de cima estou eu, ladeado pela autora do mural, Vanessa Teodoro, e por José António Borges, presidente da Junta de Freguesia de Alvalade. Na de baixo pode ler-se, em letras vermelhas 3D, o verso que fecha o meu poema, 

Fotos de Jorge Neves. Clique.

ACL, DIA DOIS


Esta noite, no Mercado de Alvalade, debate sobre crítica literária, com Helena Vasconcelos, Isabel Lucas, Manuel Frias Martins, Pedro Mexia e eu próprio. Carlos Vaz Marques modera.

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segunda-feira, 31 de maio de 2021

PRÉMIO RAINHA SOFIA


Depois de Sophia de Mello Breyner Andresen em 2003 e de Nuno Júdice em 2013, foi hoje a vez de Ana Luísa Amaral ser laureada com o Prémio Rainha Sofía de Poesía Iberoamericana.

Natural de Lisboa (1956), Ana Luísa Amaral é poeta, contista, ensaísta, tradutora de poesia anglo-americana e professora aposentada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Vive em Leça da Palmeira desde 1965.

O Património Nacional de Espanha, instituição que outorga o prémio em convénio com a Universidade de Salamanca, destacou a «mensagem de abertura, respeito, tolerância e reivindicação» da obra da autora.

Parabéns, Ana Luisa.

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DIA UM, TAKE DOIS


Nuno Júdice e Joana Matos Frias, no colóquio da BNP que deu início a Alvalade Capital da Leitura 2021.

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DIA UM, BNP


Fernando Pinto do Amaral e António Carlos Cortez no colóquio sobre (a minha) poesia com que abriu Alvalade Capital da Leitura.

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ABERTURA DE ACL


Instantâneo da minha intervenção, esta tarde, na Biblioteca Nacional de Portugal, no início do colóquio sobre poesia, primeira das seis sessões inseridas em Alvalade Capital da Leitura.

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MÉRITO, DIZEM ELES


Após a imposição da Medalha de Mérito, na abertura do colóquio da Biblioteca Nacional de Portugal. À minha esquerda, José António Borges.

ACL 2021, DIA UM



Começa esta tarde, na Biblioteca Nacional de Portugal, a 5.ª edição de Alvalade Capital da Leitura, com curadoria de Carlos Vaz Marques.

Um Colóquio sobre poesia preenche o primeiro de seis dias centrados na minha obra. Farei a intervenção de abertura e depois será a vez de António Carlos Cortez, Fernando Pinto do Amaral, Helga Moreira, Joana Matos Frias e Nuno Júdice apresentarem as suas comunicações.

Esta e as restantes sessões têm assistência, reduzida de acordo com as normas da DGS.

Marcação prévia através de cultura@jf-alvalade.pt

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domingo, 30 de maio de 2021

ANA HATHERLY


UM POEMA POR SEMANA — Para hoje escolhi O Pé na Cabeça de Ana Hatherly (1929-2015), nome destacado da poesia experimental portuguesa.

Natural do Porto, Ana Hatherly perdeu os pais muito cedo, prosseguindo uma educação tradicional em casa da avó materna.

Poetisa, ficcionista, ensaísta, cineasta e artista plástica, fez estudos na Alemanha, na Califórnia e em Londres. Leccionou na Escola de Cinema do Conservatório Nacional e foi professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, escola onde co-fundou o Instituto de Estudos Portugueses.

Diplomada em cinema pela London Film School, cópias dos seus filmes estão arquivadas na Cinemateca Portuguesa e no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Como artista plástica expôs a partir dos anos 1960, em Portugal e no estrangeiro.

Ajudou a fundar o PEN Clube Português, instituição que dirigiu durante largos anos, tendo sido (em paralelo) membro de várias organizações internacionais.

O poema desta semana pertence a Estruturas Poéticas — Tipo H (1967). A imagem foi obtida a partir da Antologia da Poesia Experimental Portuguesa. Anos 60 — Anos 80, organizada por Carlos Mendes de Sousa e Eunice Ribeiro, publicada pela Angelus Novus em 2004.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa e António Botto.]

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