quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

BIBLIOTECA FLORBELA ESPANCA



Instantâneos da minha conversa com Patrícia Fernandes, na Biblioteca Florbela Espanca, de Matosinhos, esta tarde, no âmbito da 16.ª edição da Festa da Poesia.

Muito bem preparada, Patrícia Fernandes conduziu com sagesse uma conversa que durou cerca de uma hora. A sessão terminou com a leitura, por Isaque Ferreira e João Rios, de catorze poemas meus, muito bem escolhidos e melhor ditos.

Em suma: sala cheia, profissionalismo, empatia. Luís Coimbra, responsável pela logística, está de parabéns.

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MATOSINHOS 2021


É hoje. Clique na imagem.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

FESTA DA POESIA DE MATOSINHOS


Amanhã, quarta-feira, dia 8, participarei com muito gosto na 16.ª edição da Festa da Poesia de Matosinhos, que decorre na Biblioteca Florbela Espanca, e este ano é dedicada a Ana Luisa Amaral, grande poeta e minha amiga.

A quem me pergunta o que vou exactamente fazer, deixo o recorte do programa.

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domingo, 5 de dezembro de 2021

FEITO

 


Hoje mesmo: Parlamento dissolvido, eleições convocadas. Clique na imagem.

EUGÉNIO DE ANDRADE


UM POEMA POR SEMANA — Para este domingo escolhi Green God de Eugénio de Andrade (1923-2005), poeta que levou ao limite a elipse do confessionalismo.

Natural da Póvoa de Atalaia, no Fundão, passou a infância e a adolescência entre Castelo Branco, Coimbra e Lisboa, radicando-se no Porto em Dezembro de 1950, cidade onde viveu até morrer e faria dele cidadão honorário.

Estreou-se em livro ainda com o nome civil, José Fontinhas. A edição de Narciso (1939), o livro inaugural, foi paga por António Botto. Ao publicar Adolescente (1942) adopta o pseudónimo que o celebraria. Mais tarde renegaria toda a obra anterior a 1948.

Homossexual notório, a obra e a intervenção cívica elidem essa identidade.

Por iniciativa da Câmara do Porto foi criada em 1991 a Fundação Eugénio de Andrade (extinta em 2011), em cujas instalações o poeta passou a residir.

Poeta popular —  no sentido em que o foram Florbela Espanca, António Gedeão e Ary dos Santos —, nem por isso deixou de receber o reconhecimento formal da Academia.

Largamente traduzido e antologiado, traduziu ele próprio as Lettres Portugaises de Mariana Alcoforado (a freira de Beja), bem como, entre outros, Lorca, Ritsos e Borges. Também publicou prosa — Os Afluentes do Silêncio, de 1969, é um dos títulos centrais da obra —, incluindo literatura para a infância. Em 1999 deu à estampa uma Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, que nas suas sucessivas edições vai de Roi Fernandez de Santiago, poeta do século XIII, a Ruy Belo (1933-1978). 

No século XX, nenhum poeta gozou como ele de tantas celebrações institucionais. Depois de receber todos os prémios que havia para receber, foi laureado com o Prémio Camões em 2001. Foi ainda condecorado: Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada em 1982, Grã-Cruz da Ordem do Mérito em 1989.

O poema desta semana pertence à obra que o consagrou, As Mãos e os Frutos (1948). A imagem foi obtida a partir de Poesia, volume da obra poética completa publicado em 2000 pela Fundação Eugénio de Andrade.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha, Edith Arvelos, Cesário Verde, António José Forte, Francisco Bugalho, Leonor de Almeida, Carlos de Oliveira, Fernando Assis Pacheco, José Blanc de Portugal, Luís Miguel Nava e António Maria Lisboa.]

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