sábado, 16 de novembro de 2019

DOUCE FRANCE


Cerca de três mil sequazes de Étienne Chouard, o professor do ensino técnico que lidera a ala radical dos Gilets Jaunes, celebraram o primeiro aniversário do movimento instalando o caos na Place d'Italie e outras áreas do 13.º bairro de Paris, mas também fora desse anel, em especial nas Praças da Bastilha e da República.

Os confrontos com a polícia começaram às 10 da manhã e ainda não terminaram.

Barricadas, carros incendiados, cafés, restaurantes e lojas vandalizadas, granadas de gás lacrimogéneo, vinte estações de metro encerradas, dezenas de feridos e mais de duzentas pessoas detidas.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

CONTRA CORBYN


Um grupo de 24 personalidades da vida cultural britânica fez publicar no Guardian uma carta na qual declara não poder votar no Labour porque isso significaria apoiar o anti-semitismo de Corbyn.

Entre os signatários, na sua maioria votantes tradicionais do Labour, estão os historiadores Antony Beevor, Tom Holland e Dan Jones, os escritores John Le Carré, Fay Weldon, William Boyd e Frederick Forsyth, o empresário Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, os actores Joanna Lumley, Simon Callow e Tom Holland, o activista Fiyaz Mughal, fundador do grupo Tell Mama (Measuring Anti-Muslim Attacks), o consultor internacional Ghanem Nuseibeh, presidente da associação britânica dos muçulmanos que lutam contra o anti-semitismo, o radialista Maajid Nawaz, o realizador Dan Snow, autor dos principais programas de História da BBC, e o jornalista-cineasta Oz Katerji.

Primeiro e último parágrafos da carta:

«The coming election is momentous for every voter, but for British Jews it contains a particular anguish: the prospect of a prime minister steeped in association with antisemitism. Under Jeremy Corbyn’s leadership, Labour has come under formal investigation by the EHRC for institutional racism against Jews. Two Jewish MPs have been bullied out of the party. Mr Corbyn has a long record of embracing antisemites as comrades. [...]

Opposition to racism cannot include surrender in the fight against antisemitism. Yet that is what it would mean to back Labour and endorse Mr Corbyn for Downing Street. The path to a more tolerant society must encompass Britain’s Jews with unwavering solidarity. We endorse no party. However, we cannot in all conscience urge others to support a political party we ourselves will not. We refuse to vote Labour on 12 December

Imagem: Guardian, jornal apoiante do Labour. Clique.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

SIEMPRE DENTRO DE LA CONSTITUCIÓN


Sánchez e Pablo Iglesias assinaram ao fim da manhã um pré-acordo de coligação.

Diz o texto: «El PSOE y Unidas Podemos hemos alcanzado un preacuerdo para conformar un Gobierno progresista de coalición que sitúe a España como referente de la protección de los derechos sociales en Europa, tal y como los ciudadanos han decidido en las urnas. [...] Los detalles del acuerdo se harán públicos en los próximos días. Actualmente, estamos avanzando conjuntamente en una negociación encaminada a completar la estructura y funcionamiento del nuevo Gobierno [...]»

O paper tem dez pontos. O n.º 9 estabelece: «El Gobierno de España tendrá como prioridad garantizar la convivencia en Cataluña y la normalización de la vida política. Con ese fin, se fomentará el diálogo en Cataluña, buscando fórmulas de entendimiento y encuentro, siempre dentro de la Constitución. También se fortalecerá el Estado de las autonomías para asegurar la prestación adecuada de los derechos y servicios de su competencia. Garantizaremos la igualdad entre todos los españoles

Não acredito na eficácia da solução. E gostava de saber onde vão buscar os 21 deputados que lhes faltam para a investidura e aprovação dos orçamentos de Estado.

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ATLAS DOURADO


Foi agora traduzido o fabuloso Atlas Dourado do historiador britânico Edward Brooke-Hitching. Ao longo de 256 páginas encontramos mapas raros coloridos à mão, pinturas e gravuras antigas que nos revelam como o mundo se tornou conhecido.

Os 39 capítulos da obra abordam, entre outros, temas como a cartografia da antiguidade, a descoberta da América pelos vikings, as viagens de Marco Polo, os descobrimentos portugueses (em três capítulos), a circum-navegação de Magalhães, a viagem de Francis Drake, a descoberta da Nova Zelândia, a expedição de Vitus Bering, a era das mulheres viajantes e a corrida ao Polo Norte.

O apuro gráfico da edição faz justiça à qualidade das imagens (algumas são deslumbrantes) e o índice remissivo é um precioso auxiliar de leitura. A Bertrand está de parabéns.

Agora é preciso traduzir a obra mais famosa do autor, The Phantom Atlas: The Greatest Myths, Lies and Blunders on Maps.

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BOLÍVIA


Foi nestas condições que Evo Morales passou as últimas horas antes de partir para o México, país que lhe concedeu asilo político. O antigo Presidente deixou ontem a Bolívia, a bordo de um avião militar mexicano.

A imagem é do Twitter de Morales.

Recordar que, anteontem, por imposição dos militares, Morales renunciou ao cargo que ocupava desde Janeiro de 2006.

Nos quase catorze anos de exercício presidencial, Morales fez recuar de 37% para 17% o segmento da população que vivia abaixo do limiar da pobreza.

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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

RIVERA SAI DE CENA


Em consequência do resultado eleitoral — perdeu 2,5 milhões de votos e 47 deputados —, Rivera demitiu-se há pouco de líder do CIUDADANOS.

O desaire eleitoral é resultado da teimosia dos últimos sete meses, bloqueando a investidura de Sánchez.

No dia em que sai de cena, recordar os cartazes de Setembro de 2006, nos quais posava nu para enfatizar que só as pessoas interessavam.

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NOVO IMPASSE


Resultados oficiais das eleições em Espanha, com 99,9% dos votos escrutinados:

— Com 6,7 milhões de votos e 120 deputados eleitos, o PSOE venceu as eleições.

— Com 5 milhões de votos, o PP elegeu 88.

— Com 3,6 milhões de votos, o VOX (extrema-direita) elegeu 52 e tornou-se o terceiro partido de Espanha, sendo o vencedor absoluto na Comunidade Autónoma de Múrcia.

— Com 3 milhões de votos, o PODEMOS elegeu 35 deputados.

— Com 1,6 milhões de votos, CIUDADANOS apenas elegeu 10 deputados.

Rivera, líder do CIUDADANOS, é o grande derrotado da noite. Perdeu 47 deputados e 2,5 milhões de votos.

A almejada coligação do PP com o VOX não serve para nada.

A abstenção foi de 30,13%.

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