O colapso da Thomas Cook é um caso de polícia. Os administradores continuaram a auferir salários exorbitantes, não obstante a situação da empresa. Ontem foi o dia em que 21 mil trabalhadores (espalhados por dezasseis países) ficaram sem emprego, e 600 mil turistas retidos nos destinos de férias, sem regresso a casa garantido, obrigados a abandonar os hotéis se não pagassem a continuação da hospedagem. Por não terem condições de pagar segunda vez o que era suposto estar liquidado, muitos turistas foram simplesmente despejados.
Andrea Leadsom, Secretary of State de Negócios, Energia e Estratégia Industrial, foi clara: Os contribuintes não têm de pagar o resgate da Thomas Cook. Passos Coelho deixou implodir o BES e depois pôs-nos a todos a pagar a “resolução” inventada pelo governador do BdP.
Fretando aviões, o departamento britânico de aviação civil está a tentar levar de volta ao Reino Unido os cidadãos britânicos ali residentes.
Ontem já saiu do Algarve um avião fretado com 170 pessoas a bordo. Mais dia menos dia, os repatriados recebem a factura do vôo (não há repatriamentos de borla). Até ao momento foram repatriadas 14.700 pessoas, desembarcadas em Manchester, embora a maioria seja residente em Londres.
Para hoje estão previstos 74 vôos (ilhas Baleares, Canárias, etc.), mas as partidas estão atrasadas, em média, oito horas.
Como era de esperar, as companhias aéreas que operam nos locais mais afectados pela falência de Thomas Cook triplicaram, desde ontem, o preço das suas tarifas. Já hoje, no espaço de uma hora, a Jet2 fez aumentos de 30%.
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