sexta-feira, 6 de agosto de 2021

AS ESCOLHAS DE BIDEN


Beth Robinson, 56 anos, juíza do Supremo Tribunal do Vermont, foi escolhida por Biden para integrar o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Segundo Circuito (Connecticut, Nova Iorque e Vermont). Ms Robinson é casada com uma mulher desde 2010.

Por seu turno, Charlotte Sweeney, 39 anos, advogada de Denver especialista em direito do trabalho, activista LGBTQ, foi a escolha do Presidente para o Tribunal Distrital do Colorado.

As duas nomeações estão pendentes de aprovação pelo Comité Judiciário do Senado.

Nas imagens da Advocate, Robinson está à esquerda e Sweeney à direita. Clique.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

GROUNDFORCE FALIDA

Esta tarde, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa declarou a Groundforce insolvente, tendo notificado a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

A declaração de insolvência não determina a cessação dos contratos dos seus trabalhadores, nem a suspensão da prestação de serviços e assistência à TAP nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

Lembrar que a TAP detém 49,9% do capital da Groundforce.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

GIBBON REEDITADO


Esgotada há muito a edição portuguesa de 1994, em boa hora decidiu a Bookbuilders reeditar História do Declínio e Queda do Império Romano, obra-prima de Edward Gibbon.

Os seis volumes escritos por Gibbon entre 1776 e 1788 foram, em 1960, abreviados para dois: The Decline and Fall of the Roman Empire: An Abridgement. Desse homérico trabalho se encarregou D.M. Low, académico de Oxford e biógrafo de Gibbon. Foi a partir dessa suma que os leitores não especializados tiveram acesso à obra fundadora da historiografia moderna em língua inglesa.

Publicados em capa dura pela Bookbuilders, com introdução de Low e lettering agradável à leitura, os dois volumes (cerca de 1.300 páginas) foram traduzidos por Maria Emília Ferros Moura. Indispensável.

Clique na imagem.

domingo, 1 de agosto de 2021

PESSANHA


UM POEMA POR SEMANA — Para este domingo escolhi Phonographo de Camilo Pessanha (1867-1926), o mais destacado simbolista da língua portuguesa.

Natural de Coimbra, Camilo Pessanha era filho de um juiz e de uma criada. Teve uma infância nómada e atribulada, dividida entre Portugal e os Açores. Estudou Direito, advogou em Óbidos e Trás-os-Montes e, aos 27 anos, radicou-se em Macau, onde foi professor de liceu, conservador do Registo Predial e juiz.

Estudioso da língua e da literatura chinesa, escreveu ensaios coligidos postumamente em China (1944), volume que inclui oito elegias chinesas.

A partir de 1895 publicou poemas avulsos em jornais de Macau e de Lisboa, mas também no número único da revista Centauro (1916). Em 1920, Ana de Castro Osório organizou esse corpus poético, publicando-o como Clepsydra, título inspirado num poema de Baudelaire, L’horloge.

Neurótico, coleccionador de objectos raros, viveu dependente do consumo de ópio. Da sua ligação com Ngan-Yen teve um filho.

Durante os 32 anos de permanência em Macau, veio quatro vezes a Portugal, numa delas tendo assistido ao assassinato de D. Carlos e do príncipe herdeiro. 

Vítima de tuberculose pulmonar, morreu em Macau com 58 anos.

O poema desta semana pertence a Clepsydra (1920), mais exactamente à edição crítica organizada por Paulo Franchetti, publicada pela Relógio d’Água em 1995. A imagem foi obtida a partir dessa edição.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal e Salette Tavares.]

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