quarta-feira, 25 de agosto de 2021

FEIRA DO LIVRO


No próximo sábado, dia 28, estarei na Feira do Livro de Lisboa a partir das 18 horas.

O pavilhão da Dom Quixote fica no topo do Parque Eduardo VII, à direita de quem sobe do Marquês ou à esquerda de quem vem de cima.

Vou lá fazer o quê? Assinar os livros que publiquei na Dom Quixote (mas se aparecerem com outros não me farei rogado), em especial o mais recente, Devastação.

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terça-feira, 24 de agosto de 2021

JEAN-LUC NANCY 1940-2021


De causa desconhecida, morreu ontem à noite o filósofo francês Jean-Luc Nancy, professor emérito de filosofia na Universidade de Estrasburgo e membro do Collège International de Philosophie.

Discípulo de Derrida, que sobre ele escreveu um livro — Le Toucher. Jean-Luc Nancy, 2000 —, e amigo de Philippe Lacoue-Labarthe, com quem escreveu vários, entre eles Le Mythe Nazi (1991), Nancy pensou sempre em termos de ‘comunidade’. Sirvam de exemplo obras como La Communauté Désœuvrée (1986) e La Communauté Confrontée (2001). 

Deixa uma bibliografia de mais de duzentos títulos, sobre temas tão diversos como história da filosofia, literatura, sexualidade, psicanálise, teologia, pandemia Covid-19 [Un Trop Humain Virus, 2020], política, ociosidade, transplantes (a partir da sua experiência pessoal de transplante de coração em 1992), arte, democracia e outros. Em Portugal estão traduzidos nove, mas nenhum dos títulos aqui citados.

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domingo, 22 de agosto de 2021

COMO É QUE ISTO SE FAZ?


Grata surpresa de domingo, a publicação no Esquerda Net — um portal mantido pelo BE desde 2006 — da leitura feita por Alice Brito do mais recente dos meus livros, Devastação.

Acaba assim:

«Como é que isto se faz? / Como é que se consegue ter este olhar caleidoscópico sobre a realidade, este olhar que nunca é explícito, mas tão certeiro, tão profundamente devastador, que nos vai retratando seres humanos, sociedades, longínquos ways of life, regimes, perdas irreversíveis, traumas ocultos que à primeira oportunidade se revelam e rebelam... [...] Como é que isto se faz? Essa é a pergunta. Sem recurso a cambalhotas de palavras, metáforas, assim com esta limpeza, esta assepsia de prosa clara. / Como é que isto se faz? Essa é a pergunta

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ANTÓNIO JOSÉ FORTE


UM POEMA POR SEMANA — Publico hoje o 30.º poema desta secção: dezasseis escritos por homens, catorze por mulheres. O critério mantém-se: autores portugueses nascidos a partir de 1842, exclusão de autores vivos, autores relevantes a despeito do meu gosto.

Para este domingo escolhi Retrato do Artista em Cão Jovem de António José Forte (1931-1988), poeta surrealista ligado ao grupo do Café Gelo. O poema funciona como paráfrase em verso de um título famoso de Dylan Thomas.

Natural de Vila Franca de Xira, publicou o primeiro livro em 1960, foi funcionário da Fundação Calouste Gulbenkian (encarregado das bibliotecas itinerantes durante vinte anos) e deixou uma obra breve. Foi casado em segundas núpcias com a artista plástica Aldina Costa.

O poema desta semana pertence a 40 Noites de Insónia de Fogo de Dentes numa Girândola Implacável e Outros Poemas (1960). A imagem foi obtida a partir de Edoi Lelia Doura, antologia das vozes comunicantes da poesia portuguesa organizada por Herberto Helder em 1985.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha, Edith Arvelos e Cesário Verde.]

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