Juan Carlos, rei de Espanha entre 1975 e 2014, exilou-se. Segundo o ABC, o rei emérito estará desde ontem na República Dominicana, alegadamente numa das residências de Pepe Fanjul, o bilionário do açúcar com quem mantém laços familiares (ambos se relacionam como irmãos). A viagem terá sido feita no domingo, através de Sanxenxo e do Porto. Mas o destino final poderá ser a Nova Zelândia.
Ontem, a Casa Real tornou pública a carta enviada pelo antigo monarca a Felipe VI:
«Majestad, querido Felipe, con el mismo afán de servicio a España que inspiró mi reinado y ante la repercusión pública que están generando ciertos acontecimientos pasados de mi vida privada, deseo manifestarte mi más absoluta disponibilidad para contribuir a facilitar el ejercicio de tus funciones desde la tranquilidad y el sosiego que requiere tu alta responsabilidad. Mi legado, y mi propia dignidad como persona, así me lo exigen. [...] Una decisión que tomo, con profundo sentimiento pero con gran serenidad. He sido Rey de España durante 40 años y durante todos ellos siempre he querido lo mejor para España y para la Corona.»
Juan Carlos é acusado de fraude fiscal e corrupção passiva no caso do TGV que ligaria as cidades santas de Meca e Medina, na Arábia Saudita, obra faraónica adjudicada a empresas espanholas. Parte do dinheiro serviria para pôr de pé a Fundação Juan Carlos, mas a fatia de leão (mais de cem milhões de euros, segundo os media) teria ido para uma conta de Corinna Larsen, sua amante. Não esquecer que Felipe VI renunciou à herança do pai assim que teve conhecimento dos factos.
A rainha-mãe, Sofia, permanece em Espanha.
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