sábado, 28 de novembro de 2020

SINDICATOS NOTIFICADOS


Portanto, entre despedimentos (dois mil), cessações de contrato, reformas antecipadas e licenças sem vencimento de longa duração (dois mil e seiscentos), a TAP vai dispensar 4.600 trabalhadores e colaboradores. Só pilotos são 500.

Quem ficar, vê a massa salarial reduzida em 30%.

Isto acontece apesar do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros feitos à empresa. Imaginem o que aconteceria se, como queria Rui Rio (e outros, como o soba Moreira), não tivesse havido ajuda.

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COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.868 infectados e 87 mortos. Mais 6.829 recuperados.

NORTE + 2.496 infectados [+ 42 mortos]

CENTRO + 775 [+ 11]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.313 [+ 29]

ALENTEJO + 127 [+ 4]

ALGARVE + 94 [+ 1]

AÇORES + 39 / MADEIRA + 24.

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A FRONDA


A má vontade contra Graça Feitas, directora-geral da Saúde, é um fenómeno que não consigo classificar. Amigos meus, nenhum deles residente na área metropolitana de Lisboa, encontram-se entre os seus mais estrénuos detractores. Sendo eles (esses meus Amigos) pessoas civilizadas, informadas, cultas, progressistas, etc., o tipo de pessoas que não ficam com azia quando vêem mulheres em lugares de topo, a sua má vontade deixa-me perplexo. Enfim, cada um tem direito às suas opiniões. Eu, por exemplo, não gosto de ostras e considero Proust um bocejo.

Isto dito, já não compreendo, ou talvez compreenda demasiado bem, que haja tantos assalariados dos media a invectivarem a directora-geral da Saúde.

Por exemplo, o «Público» escreve hoje: «Presidente e primeiro-ministro desautorizaram a DGS de uma forma inédita ao porem em causa as conclusões do grupo de trabalho que não deu prioridade na toma de vacinas a maiores de 75 anos.» Desautorizaram?

Vejamos: esse grupo de trabalho reporta directamente à ministra e tem um coordenador-chefe, de seu nome Francisco Ramos, médico, consultor da OMS, professor na Escola Nacional de Saúde Pública, antigo presidente do IPO de Lisboa e, desde 1997, secretário de Estado da Saúde em cinco governos.

Admitindo que o draft do relatório do grupo de trabalho encarregue de gerir a vacinação preconize aquilo que os media dizem que preconiza, as perguntas têm de ser feitas ao Dr. Francisco Ramos e não à Dra. Graça Freitas.

É muito estranho andar tanta gente a fazer de conta que não sabe da existência de um responsável pelo grupo de trabalho que vai gerir a vacinação covídica.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

CONTRA O TABLOIDISMO


Primeiro-ministro desmente o Expresso e o Público. A última palavra é dele.

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COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 5.444 infectados e 67 mortos. Mais 5.502 recuperados.

NORTE + 3.161 infectados [+ 39 mortos]

CENTRO + 631 [+ 8]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.380 [+ 15]

ALENTEJO + 136 [+ 2]

ALGARVE + 90 [+ 3]

AÇORES + 35 / MADEIRA + 11.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 6.383 infectados e 82 mortos. Mais 4.588 recuperados.

NORTE + 3.414 infectados [+ 43 mortos]

CENTRO + 964 [+ 6]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.782 [+ 26]

ALENTEJO + 87 [+ 4]

ALGARVE + 85 [+ 1]

AÇORES + 35 [+ 2] / MADEIRA + 2.

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OE 2021 APROVADO


Eram 14:20 quando, com os votos a favor do PS, foi aprovado o OE 2021. 

Abstiveram-se o PCP, o PEV, o PAN e as duas deputadas não inscritas.

Votaram contra o BE, o CHEGA, a IL, o CDS e o PSD.

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SEIS LIVROS


Hoje na Sábado.

Terminou a especulação em torno da identidade de Elena Ferrante, pseudónimo da tradutora Anita Raja (n. 1943), mas não o ritmo de publicação. Agora traduzido, A Vida Mentirosa dos Adultos mantém a exuberância descritiva da sua ficção. Quem leu a tetralogia A Amiga Genial sabe do que falo. Denominador comum à obra precedente: Nápoles, conflito de classes, a experiência das mulheres, a perversidade das relações familiares. Giovanna mente aos pais, coisa que ambos fazem com ela. Um romance sobre o poder e as consequências da mentira? De certo modo, sim. Aos doze anos, ouvindo o pai dizer à mãe que a filha «está a ficar com a cara de Vittoria» (a tia malvada), descobre-se feia. A partir daí, todo o plot gira em torno da aversão que julga causar. O aspecto mais interessante é o confronto entre a rudeza dos bairros populares e a “respeitabilidade” da cidade burguesa. Não é um livro amável, mas o contrário é que seria de admirar. Editou a Relógio d'Água.

Uma nova tradução do polaco Zbigniew Herbert (1924-1998) traz de volta um autor central à cultura europeia. Natureza Morta Com Brida colige seis ensaios e dez textos apócrifos sobre a cultura dos Países Baixos. Com enfoque nos costumes da Holanda dos séculos XVI e XVII, o ensaio que dá o título ao conjunto disseca a biografia e a obra homónima de Johannes van der Beeck, o pintor que passou à história da arte como Torrentius. O artista foi condenado à fogueira por pertencer à Rosa-Cruz, uma sociedade secreta, mas a repercussão internacional do veredicto valeu-lhe o exílio na corte inglesa. Deveras estimulante. Editou a Cavalo de Ferro.

Traduzidos directamente do russo por Nina e Filipe Guerra, chegaram a Portugal os contos que Ivan Búnin (1870-1953) escreveu durante o exílio no sul de França e reuniu em Alamedas Escuras. Famoso pelo seu diário Os Dias Malditos (1926), Búnin ganhou o Nobel da Literatura em 1933, antes de qualquer outro russo e numa altura em que, ao contrário do que hoje sucede, estava longe de ser um autor célebre, respeitado, traduzido e estudado. O amor e a natureza dominam a obra, embora a condição de émigré, bem como as mudanças ocorridas na Rússia pré e pós-1917, estejam sempre presentes. Esta edição inclui prefácio de Tatiana Mártchenko. Editou a Dom Quixote.

Quem acompanha a literatura espanhola reconhece a importância de Javier Cercas (n. 1962) e sabe que um dos seus traços distintivos radica no hábito de inserir factos reais na trama ficcional. Terra Alta não constitui excepção. Com acção centrada na comarca de Terra Alta, o protagonista, Melchor Marín, mosso d’Esquada com passado problemático, tem um crime nas mãos. O thriller não ignora os atentados islâmicos de Barcelona, o referendo catalão de 2017 e a Guerra Civil. Longe do seu melhor, Terra Alta ganhou o Prémio Planeta 2019. Editou a Porto Editora.

Mais de 30 anos passados sobre a fatwa que o aiatola Khomeini decretou contra si, Salman Rushdie (n. 1947) continua a ser uma das grandes vozes da literatura de língua inglesa. Cervantes deu o tiro de partida, mas Quichotte, a obra mais recente de Rushdie, faz vénia ao surrealismo, sem esquecer Voltaire e Ionesco. O «viajante de origem indiana...» que atravessa a América, radiografa o caos actual. Com reality shows no centro da intriga, Quichotte tem outro livro dentro, modo de ilustrar, em dois andamentos, o desconcerto do mundo. Uma coisa sabemos: Rushdie himself não é outro senão Miss Salma R., «estrela de uma dinastia de estrelas». Digamos que a obra do autor já conheceu melhores dias. Editou a Dom Quixote.

Organizado por António M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel Tamen, saiu O Cânone. A partir de autores nascidos entre 1391 (o rei Dom Duarte) e 1939 (Luiza Neto Jorge), os três editores, o historiador Rui Ramos e 22 ensaístas, escrevem sobre 47 autores, mais as Três Marias, poetas laureados, revistas e críticos. Entre outros textos, António M. Feijó assina a introdução, Miguel Tamen escreve sobre a lógica interna do livro, Anna M. Klobucka sobre mulheres na literatura, João R. Figueiredo sobre escritores homossexuais, etc. Como vem escrito, trata-se de «um livro de crítica literária para nos fazer pensar sobre a literatura portuguesa.» Meia dúzia de omissões geraram controvérsia, assente, como de regra, em clubismo. Tudo visto, o saldo é deveres positivo. Editaram, em co-edição, a Fundação Cupertino de Miranda e a Tinta da China.

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SUPREMO TRAVA CUOMO

Por 5 votos contra 4, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos considerou ilegais as restrições impostas, a pretexto da pandemia, aos serviços religiosos, por Andrew Cuomo, governador do Estado de Nova Iorque. O acórdão anula decisões contrárias decididas na Califórnia e no Nevada.

O tribunal foi claro: As restrições violam a protecção da Primeira Emenda ao livre exercício da religião.

As queixas haviam sido apresentadas pela Diocese Católica Romana de Brooklyn e por rabis de cinco sinagogas judaicas.

Agora é só aplicar à realidade portuguesa para perceber o nonsense gerado à volta do Congresso do PCP, ao arrepio do descaso com que foi acompanhada a Convenção Nacional do CHEGA, realizada em Évora há dois meses. Nessa altura ninguém piou.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 5.290 infectados e 71 mortos. Mais 5.123 recuperados.

NORTE + 3.224 infectados [+ 35 mortos]

CENTRO + 506 [+ 10]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.177 [+ 25]

ALENTEJO + 256 [+ 1]

ALGARVE + 81

AÇORES + 16 / MADEIRA + 30.

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A MULHER CERTA


O índice Dow Jones atingiu ontem o valor mais alto de sempre e, num dos acessos de fanfarronice que têm caracterizado a sua presidência, Trump chamou a si os louros do recorde.

Sucede que a subida dos mercados foi uma reacção imediata à nomeação de Janet Yellen para liderar o Tesouro.

Com efeito, os gurus de Wall Street desdobram-se em elogios entusiásticos à economista que, entre 2014 e 2018, foi Governadora da Reserva Federal. Aliás, a única mulher que ocupou o cargo. Ms Yellen pertencia ao conselho directivo do FED desde 1994, mas Trump fê-la sair. 

Oriunda de uma família de judeus polacos, principal conselheira económica da Casa Branca durante mais de vinte anos, casada com George Akerlof, Nobel da Economia em 2001, Ms Yellen é quase uma estrela pop. Aos 74 anos, a professora emérita de Berkeley vai agora corrigir a pontaria dos últimos quatro anos, dando especial atenção ao desemprego gerado pela pandemia.

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 3.919 infectados e 85 mortos. Mais 7.406 recuperados.

NORTE + 2.284 infectados [+ 50 mortos]

CENTRO + 446 [+ 12]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.018 [+ 20]

ALENTEJO + 83 [+ 3]

ALGARVE + 65

AÇORES + 18 / MADEIRA + 5.

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VACINAS & EXPECTATIVAS


Não me pronuncio sobre os méritos das vacinas para o Covid-19 pela mesma razão pela qual não discuto física quântica. 

Uma coisa sei: os Governos europeus, em especial o alemão, o britânico, o espanhol, mas também o português, estão a criar expectativas muito altas para a vacinação.

— Os alemães fazem pontaria para a segunda quinzena de Dezembro, tendo encomendado trezentos milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNtech, desenvolvida pelos cientistas turcos Ugur Sahin e Özlem Türeci.

— Os britânicos dizem ter prontas a distribuir, o mais tardar em Janeiro, cem milhões de doses da vacina da AstraZeneca, desenvolvida na Universidade de Oxford, com capitais suecos, a partir de um adenovírus de chimpanzé.

— O presidente do Governo espanhol afirmou, sem se rir, que toda a população espanhola estará vacinada até ao Verão de 2021. Com que vacina, não disse. Mas, para tranquilizar os obsessivo-compulsivos, até disse que têm 13 mil postos de vacinação, número que deve corresponder ao dos centros de saúde espalhados pelo reino.

— Marta Temido, ministra portuguesa da Saúde, tem dado garantias de que os serviços competentes estão a trabalhar no plano de vacinação. O director-geral da Pfizer Portugal confirmou. O grupo de trabalho nacional é coordenado por Francisco Ramos, professor na Escola Nacional de Saúde Pública, antigo presidente do IPO de Lisboa, e secretário de Estado da Saúde em cinco governos. A logística é da responsabilidade de Henrique Gouveia e Melo, adjunto para o Planeamento e Coordenação do Estado-Maior General das Forças Armadas.

— Quanto se sabe, Portugal encomendou dezasseis milhões de doses, alegadamente de três vacinas diferentes: a da Pfizer/BioNtech (alemã), a da AstraZeneca (inglesa) e a da Moderna, da Therapeutics of Cambridge (americana).

— Aparentemente, a Europa não conta com as vacinas russa (Sputnik V), chinesa, israelita, brasileira (a que está a ser desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná), a italiana (a Grad-Cov2, do Instituto Lazzaro Spallanzani), e mais uma dúzia sem eco nos media.

O ponto não são as vacinas em si mesmas. O ponto é a mistura explosiva do preço, índice de eficácia, dose única ou dupla, logística de armazenamento (com que grau de refrigeração), distribuição e vacinação. São aspectos sensíveis que deviam arrefecer os discursos oficiais que se ouvem de Londres a Madrid.

A partir de Janeiro, se não for antes, o descalabro económico global associado aos confinamentos — medidas que não fazem diminuir o número de mortos e hospitalizados —, esse caldeirão de lava que alastra, transformará as cidades europeias em campos de batalha. Repito: campos de batalha.

A persistirem restrições à livre circulação e ao fecho de actividades económicas, com o desemprego a disparar para níveis estratosféricos, dificilmente chegaremos a Fevereiro sem ver o exército nas ruas de Madrid, Paris, Londres, Berlim, etc. Se juntarmos a isto um flop na miragem das vacinas, é de temer o pior.

Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

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ASSUNTO ARRUMADO


A administradora do GSA, Emily W. Murphy, designou formalmente Biden como vencedor das eleições. Já o devia ter feito no passado dia 7, mas andou este tempo todo a ver se dava a volta aos resultados.

Após a certificação do Michigan — onde Biden ganhou por 154 mil votos de vantagem —, ocorrida esta tarde, Murphy ficou sem margem de manobra e deu instruções para iniciar o processo de transição.

Biden não perdeu tempo e deve anunciar nas próximas horas as suas escolhas para o gabinete. Até ao momento estão designados o Chief of Staff, Ron Klain, e o Secretary of State (o MNE americano), Antony J. Blinken.

John Kerry, antigo Secretary of State, será o “czar” do Ambiente. O anúncio formal deve ocorrer esta terça-feira.

São dadas como certas as nomeações de três mulheres: Janet L. Yellen para o Tesouro, Avril Haines para o Intelligence, e a embaixadora Linda Thomas-Greenfield (afro-americana) para as Nações Unidas.

Alejandro Mayorkas, um cubano naturalizado americano, chefiará a Segurança Interna.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.044 infectados e 74 mortos. Mais 3.908 recuperados.

NORTE + 2.258 infectados [+ 35 mortos]

CENTRO + 490 [+ 10]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.052 [+ 26]

ALENTEJO + 68 [+ 2]

ALGARVE + 126 [+ 1]

AÇORES + 31 / MADEIRA + 19.

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NOVO SECRETARY OF STATE


Biden escolheu Antony J. Blinken, 58 anos, para ocupar o cargo de Secretary of State. Antigo conselheiro de Segurança Nacional, Blinken está no Departamento de Estado (MNE) desde a presidência Clinton. Também trabalhou com Obama, e dirigiu o Comité de Relações Externas do Senado entre 2002 e 2008.

Filho de pais judeus, é enteado de um sobrevivente de Auschwitz. Antes de estudar Direito em Harvard e Columbia, frequentou em Paris (onde a mãe vivia com o segundo marido) a École Jeannine Manuel, o liceu privado mais exclusivo da capital francesa. Liberal nos costumes, é casado mas não tem filhos.

Como prioridades, pretende fazer regressar os Estados Unidos à OMS e ao Acordo de Paris, bem como negociar o acordo nuclear com o Irão.

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domingo, 22 de novembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.788 infectados e 73 mortos. Mais 3.540 recuperados.

NORTE + 3.091 infectados [+ 39 mortos]

CENTRO + 637 [+ 12]

LISBOA E VALE DO TEJO + 844 [+ 20]

ALENTEJO + 112 [+ 2]

ALGARVE + 73

AÇORES + 18 / MADEIRA + 13.

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COMO VI THE CROWN 4


Breve nota acerca da quarta temporada da série de Peter Morgan sobre o reinado de Isabel II.

Olivia Colman igual a si mesma, mas melhor agora que na temporada anterior. Que pensará a rainha? Na próxima temporada o papel caberá a Imelda Staunton.

Josh O’Connor muito bem como Carlos.

O mesmo se diga de Charles Dance como Mountbatten, último vice-rei da Índia, vítima de um atentado do IRA, em Mullaghmore, na Irlanda, em 1979.

Helena Bonham Carter melhor que na temporada anterior. Margarida fez tudo a que tinha direito, mas a forma como foi retratada na 3.ª temporada não lhe faz justiça, nem sequer a Helena Bonham Carter, que é uma grande actriz no papel errado. Isto dito, o episódio sobre a depressão que antecede a descoberta das primas Katherine e Nerissa Bowes-Lyon, internadas no hospício de Earlswood, para doentes mentais, resgata-a do flop. [O “caso” das manas Bowes-Lyon só chegou ao conhecimento do público em 1987, causando grande controvérsia.] No tempo do episódio que o relata, ainda é um segredo bem guardado.

Emma Corrin não vai completamente mal, mas está longe de fazer lembrar Diana. Digo eu, que não morria de amores por Lady Di. Claro que há duas Dianas: a sonsa e a estrela planetária. E esta 4.ª temporada, terminando no Natal de 1990, quando, em Sandrigham, Diana diz ao sogro que pondera sair do casamento, ainda só mostra a fase sonsa.

Gillian Anderson faz uma Thatcher muito rígida. Por rígida não me refiro ao determinismo das convicções políticas. Digo rígida no sentido de parecer um pau. Se calhar era assim, mas não corresponde à imagem que passava para o público. Parece-me extremamente artificial.

Nicholas Farrell, que envelheceu mal desde A Jóia da Coroa (1984), faz de Michael Shea, o secretário de imprensa da rainha que se tornou autor de bestsellers depois de deixar Buckingham na sequência do diferendo com Thatcher. 

A relação de Carlos e Camilla ilustrada sem paninhos quentes. São amantes, ponto final. Todos sabem: a rainha, o marido de Camilla, Diana, o staff dos palácios, primeiros-ministros, diplomatas, etc. Diana paga-lhe na mesma moeda, dormindo com quem lhe apetece. A Coroa não se comove com histórias de boudoir: Sempre assim foi e será, diz algures a rainha-mãe, interpretada por Marion Bailey.

Tenho pena que a Guerra das Falkland seja tratada às três pancadas, até por comparação com os detalhes da  “exoneração” de Thatcher, provocada pela demissão de Geoffrey Howe.

Apesar das ressalvas, gostei francamente.

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PENSILVÂNIA RECONHECE BIDEN

Pat Toomey, republicano, senador pela Pensilvânia (ou seja, a mais alta autoridade do Estado representada no Congresso), reconheceu ontem à noite a vitória de Biden, parabenizando o Presidente eleito e a sua vice. 

O statement consta de um comunicado eloquente. Excertos:

«Com a decisão tomada hoje pelo juiz Matthew Brann, republicano conservador de longa data [...] o Presidente Trump esgotou todas as opções legais plausíveis para contestar o resultado das eleições presidenciais na Pensilvânia. Esta decisão dá continuidade a uma série de perdas processuais da campanha do Presidente Trump. Na sexta-feira, o estado da Geórgia certificou a vitória de Joe Biden [...] Os legisladores de Michigan rejeitaram a aparente tentativa do Presidente Trump em frustrar a vontade dos eleitores [...] Esses acontecimentos, juntamente com os resultados no resto do país, confirmam que Joe Biden venceu as eleições de 2020 e se tornará o 46.º Presidente dos Estados Unidos. Felicito o Presidente eleito Biden e a vice-Presidente eleita Kamala Harris pela vitória. Ambos são servidores públicos dedicados e estarei rezando por eles e pelo nosso país. Sem surpresa, tenho divergências políticas significativas com o Presidente eleito. No entanto, como tenho feito ao longo da minha carreira, procurarei trabalhar o melhor possível com ele e com a sua Administração, especialmente nas áreas em que podemos concordar, como continuar os nossos esforços para combater o Covid-19 [...] expandir o comércio, apoiar as nossas Forças Armadas e manter as armas fora do alcance de criminosos violentos e de pessoas com doenças mentais perigosas. [...] Para garantir que seja lembrado [...] o Presidente Trump deve aceitar o resultado das eleições e facilitar o processo de transição presidencial

Claro como água. Trump já o insultou no Twitter. Amanhã, segunda-feira, a Pensilvânia certifica os resultados que deram a vitória a Biden.