sábado, 15 de fevereiro de 2020

ELECTRIC


Estou há três dias no Porto mas não fui a Serralves ver Electric, a exposição de realidade virtual que junta Anish Kapoor, Nathalie Djurberg, R. H. Quaytman, Hans Berg, Koo Jeong A e Olafur Eliasson.

Ilusionismo bidimensional e realidade tridimensional não são a minha chávena de chá.

A fotografia de Paulo Pimenta inserta no Público mostra o buraco, perdão, a obra de Kapoor onde um visitante italiano do museu caiu de uma altura de dois metros e meio, tendo de ser internado no Hospital de São João, do Porto.

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

BRASIL CENSURA


Chegou a vez de São Paulo. A portuguesa Isabela Figueiredo junta-se a outros autores (Camus, Padura, García Márquez, Harper Lee, etc.) cujos livros não podem ser distribuídos por intermédio da campanha Remissão em Rede, um programa de incentivo à leitura nas prisões do Brasil.

Este acto de censura junta-se à recente decisão dos governos estaduais da Rondônia e de Roraima de proibirem, no ensino público, a divulgação de obras clássicas de autores como Camilo Castelo Branco, Machado de Assis e outros.

Assim vai o mundo.

Na imagem, capa da edição brasileira do livro de Isabela. Clique.

COVID 19


Já todos percebemos que a situação é mais grave do que nos fizeram crer. Estamos noutro patamar.

Entretanto, são cada vez mais as vozes (incluindo médicos de todo o mundo) que exigem o afastamento de Tedros Adhanom Ghebreyesus do cargo de director-geral da OMS, considerado por muitos incapaz de gerir a situação.

O etíope é acusado de usar paninhos quentes para não melindrar Pequim nem beliscar os grandes interesses económicos internacionais. Ontem, finalmente, descobriu que o Covid 19 é o inimigo público número um.

As Nações Unidas já receberam um relatório com mais de trezentas mil assinaturas questionando a actuação de Tedros Adhanom Ghebreyesus:

«Em 23 de Janeiro de 2020, ainda Tedros Adhanom Ghebreyesus se recusava a declarar emergência mundial de saúde o surto de vírus na China. A OMS tem de ser neutra em termos políticos. Sem nenhuma investigação, Tedros Adhanom Ghebreyesus acredita apenas nos dados fornecidos pelo Governo chinês. [...]»

Há quinze dias, com um mês de atraso relativamente aos primeiros casos identificados na China, onde tudo começou a 27 de Dezembro, a nova estirpe de coronavírus estava alegadamente controlada.

Hoje sabemos que não está. Pior: o período de incubação não é de 14 dias, mas de 24. Os números oficiais registam 1.115 mortos até ontem, mas na China nem sempre os números oficiais coincidem com a realidade.

Artigos publicados na imprensa chinesa, quem diria, reportam casos de dezenas de famílias infectadas, em Wuhan, as quais estariam sem qualquer tipo de acompanhamento médico.

Quatro navios de cruzeiros estão em regime de quarentena. E só no Diamond Princess, ancorado em Yokohama (Japão) com 2.670 passageiros e mil tripulantes a bordo, foram registados 174 casos de infecção letal.

Sem as amarras da UE, o Reino Unido (oito casos identificados) já decretou emergência de saúde pública.

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

CASAMENTO GAY EM BELFAST


No dia do sexto aniversário da sua união de facto, Robyn Peoples e Sharni Edwards casaram esta tarde, em Belfast.

Foi o 1.º casamento entre pessoas do mesmo sexo registado na Irlanda do Norte, após a aprovação da lei em Westminster, há sete meses.

A imagem do Guardian mostra o momento em que ambas brindavam no hotel de Carrickfergus onde se realizou o copo-d'água. Clique.

LUCIA BERLIN POR ALMODÓVAR


Pedro Almodóvar aproveitou a passagem por Hollywood para confirmar que ainda este ano rodará dois novos filmes.

Primeiro, uma curta-metragem sobre La Voix Humaine de Cocteau, a interpretar por Tilda Swinton.

A seguir, uma adaptação de Manual para Mulheres de Limpeza, o livro que celebrizou a norte-americana Lucia Berlin (1936-2004) onze anos após a sua morte.

Almodóvar parece o realizador adequado para recriar o universo disfuncional de Lucia Berlin, um compósito de falta de dinheiro, empregos precários como professora, três casamentos falhados, quatro filhos, problemas de saúde muito graves, alcoolismo, toxicodependência e nomadismo compulsivo entre os Estados Unidos, o México, a Argentina e o Chile.

Por todas essas razões, Lucia foi uma outsider dos círculos institucionais da comunidade literária, e só a publicação póstuma do Manual... (2015) fez dela um nome de culto.

Os dois filmes serão rodados em inglês.

Na imagem, Almodóvar e Bong Joon-ho na noite dos Óscares. Clique.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

ÓSCARES 2020


Ontem foi noite de Óscares. O grande vencedor foi o coreano Bong Joon-ho, realizador de Parasitas, que ganhou quatro Óscares: melhor filme, melhor realização, melhor argumento original e melhor filme internacional.

Pela 1.ª vez na história da Academia de Hollywood, o mesmo filme coincide nas categorias de melhor filme e melhor filme internacional (estrangeiro). Ainda pela 1.ª vez, um filme de língua não-inglesa vence o prémio de melhor filme.

O preferido, 1917, de Sam Mendes, levou três Óscares, mas todos em categorias técnicas.

Nas interpretações não houve surpresas: Joaquin Phoenix, Renée Zellweger, Brad Pitt e Laura Dern foram laureados como melhor actor, melhor actriz, melhor actor secundário e melhor actriz secundária.

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