sexta-feira, 21 de junho de 2019

AXIMAGE, HOJE


Sondagem da Aximage para o Correio da Manhã e o Negócios, divulgada hoje.

PS = 35,6%

PSD = 23,1% / BE = 9% / CDU = 6,9% / CDS = 6,6% / PAN = 4,2%

Sozinho, o PS tem mais do que a soma do PSD com o CDS.

Em termos de popularidade, Assunção Cristas está no fim da lista, mesmo depois de André Silva .

Clique no gráfico do Negócios para ver na íntegra.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

DUELO FINAL


Com 160 votos [61%], Boris Johnson ganhou esta tarde o 5.º round da votação para líder do Partido Conservador e futuro primeiro-ministro do Reino Unido.

Jeremy Hunt ficou com 77 votos [33%]. Michael Gove, que até aqui se mantivera sempre à frente de Hunt, obteve apenas 75, sendo excluído.

O duelo final será portanto entre Boris Johnson, 55 anos, ex-MNE, e Jeremy Hunt, 52, actual MNE.

Votaram 312 dos 313 deputados, não havendo votos nulos ou brancos.

A ITV já anunciou um debate nacional para 9 de Julho.

Clique na imagem da ITV.

BORIS REFORÇA


No 4.º round, realizado hoje de manhã, Boris Johnson reforçou a liderança, colocando-se como mais provável líder do Partido Conservador e futuro primeiro-ministro do Reino Unido.

Votaram todos os 313 deputados, não havendo votos nulos ou brancos.

Resultado final: Boris Johnson 157
/ Jeremy Hunt 59 / Michael Gove 61 / Sajid Javid 34

Sajid Javid foi assim afastado do próximo round que se realiza ainda hoje.

Restam portanto 3 candidatos.

Clique na imagem do Guardian.

PÚBLICO VS PRIVADO

O Presidente da República promulgou ontem o diploma do Governo que autoriza os funcionários públicos a faltarem justificadamente no 1.º dia do ano lectivo, para acompanhamento de menores de 12 anos a seu cargo.

Parte da opinião pública, mas também o PR, gostaria que o regime fosse extensivo ao sector privado. Mas, exactamente por se tratar de sector privado (grande parte do qual é suportado pelos nossos impostos), nenhuma iniciativa do Governo deve ignorar a concertação social.

Não podemos querer regime estatal nuns casos e liberal noutros.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

BORIS, AGAIN


Realizou-se esta tarde a terceira volta para eleger o novo líder do Partido Conservador e futuro primeiro-ministro do Reino Unido.

Votaram todos os 313 deputados, não havendo votos nulos ou brancos. Pela terceira vez, Boris Johnson venceu.

Resultado final: Boris Johnson 143 /Jeremy Hunt 54 / Michael Gove 51 / Sajid Javid 38 / Rory Stewart 27.

Stewart já foi afastado do próximo round. Restam portanto 4 candidatos dos 11 iniciais.

Clique na imagem do Guardian.

SONTAG & GREENE


Hoje na Sábado escrevo sobre Histórias, de Susan Sontag (1933-2004). Nos intervalos dos ensaios que fizeram dela um ícone da cultura americana, Sontag escreveu quatro romances, quatro peças de teatro e vários contos, oito dos quais foram compilados em 1978 no volume I, etcetera. O título remete para a natureza autobiográfica do conteúdo. Porventura para contrariar essa leitura, Benjamin Taylor acrescentou três textos ao conjunto, chamou-lhes Histórias e, no prefácio escrito em 2017, sublinha de forma ambígua o seu carácter ficcional: «Os contos representam as suas obras mais íntimas.» O organizador do volume não quer que o livro seja lido como autobiografia da autora de Notes on Camp (1964), mas os textos acrescentados, mais as alterações feitas na ordem sequencial, deixam incólume o juízo de há quarenta anos. Até do ponto de vista cronológico, não há como escapar da leitura pessoal, memorialística, destes onze textos. Por exemplo, os factos narrados em “Peregrinação”, texto de abertura, remontam a 1947, ano da visita a casa de Thomas Mann, que à época vivia (como tantos outros artistas e intelectuais europeus fugidos à guerra) no Sul da Califórnia. Susan fez a visita na companhia de um namoradinho, sendo o conto um pretexto para discretear sobre A Montanha Mágica. Um ensaio convencional não andaria longe. Sem resquício de ficção, o suicídio de Susan Taubes, amiga íntima de Sontag, que foi quem identificou o corpo da amiga afogada em Long Island, deu origem a “Declaração”. O assédio em meio académico surge em “Doutor Jekyll”, um retrato da realidade: «Mas o tipo é um porco! Meu Deus, quando penso naquela história horripilante que me contaste em que ele te pediu para…». Apesar do registo experimental, “Projeto para uma viagem à China” é uma espécie de diário: «Missionários, conselheiros militares estrangeiros. Negociantes de peles no deserto de Gobi, entre eles o meu pai ainda novo.» E assim sucessivamente. Ao contrário, o último texto, “A maneira como vivemos agora”, ilustrando o quotidiano dos novaiorquinos no auge da epidemia de sida, obedece à estrutura clássica de uma novela. Originalmente publicado na New Yorker, teve publicação autónoma em livro. Três estrelas. Publicou a Quetzal.

Escrevo ainda sobre Santos e Pecadores, uma recolha de ensaios de Graham Greene (1904-1991), conhecido sobretudo como romancista, um dos maiores do século XX. Mas Greene foi também um ensaísta brilhante. Em boa hora Pedro Mexia seleccionou, a partir de cinco colectâneas, um conjunto de vinte ensaios escritos entre 1939 (“O homem irado”) e 1984 (“Ruminações aos oitenta anos”), com a quota dos anos 1950 a dominar. Greene, que trabalhou largos anos para os serviços secretos britânicos, foi o «católico paradoxal» por excelência: preferia o pecado à virtude, sublinha Mexia. Qualquer que seja o móbil do ensaio, o grau de corrosão do ponto de vista não belisca nunca a excepcional elegância da prosa. Kim Philby, Simone Weil, Fidel Castro, G. K. Chesterton, o Papa João XXIII e Evelyn Waugh são alguns daqueles a quem dedica textos magníficos. Pode-se dizer o mesmo do muito que escreveu sobre cinema, ele que, tendo visto tantos dos seus livros transformados em filmes, foi ainda guionista e crítico: «A ideia de fazer crítica de filmes veio-me num cocktail depois do perigoso terceiro martíniCinco estrelas. Publicou a Livros do Brasil.

terça-feira, 18 de junho de 2019

MAIS UM


Patrick Shanahan, 56 anos, Secretary of Defense (o equivalente a ministro da Defesa) dos Estados Unidos, abandonou hoje o cargo que ocupava desde 1 de Janeiro.

Shanahan sucedeu ao general Jim Mattis, mas estava há seis meses a aguardar nomeação definitiva. Suspeitas de violência doméstica no anterior casamento puseram fim às pretensões políticas de Shanahan, o homem que durante dois anos foi o número dois da Defesa americana.

Mark Esper parece ser o senhor que se segue.

Logo hoje, o dia em que Trump vai anunciar a sua recandidatura à Casa Branca.

Clique no retrato de Shanahan.

O QUE SE PASSOU?


Imagino as dúvidas com que se debate a família de Ruben de Carvalho. O jornalista e programador cultural que inventou a Festa do Avante, foi internado no Hospital de Santa Maria (Lisboa), com dores na vesícula, mas morreu em consequência de uma queda. Terá batido com a cabeça onde não devia e, menos de uma hora depois, entrou em coma, estado em que se manteve até morrer ao fim de três semanas. Tinha 74 anos.

O Ministério Público abriu inquérito para apurar se houve negligência médica.

Sofri as mesmas dúvidas em Setembro de 2016. Minha Mãe, internada numa unidade de cuidados continuados que nos ominosos anos PAF ‘exportou’ catorze enfermeiros para Inglaterra, também morreu na sequência de uma queda sofrida no banho. Transferida no mesmo dia para o Hospital de Leiria, o mais próximo, sobreviveu dezassete dias em estado de grande sofrimento. Sim, tinha 96 anos. Mas a dúvida persiste.

Clique na imagem da Blitz.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

MAIS DO MESMO

O CDS não aprendeu nada. Como é que um homem inteligente como Adolfo Mesquita Nunes insiste no discurso que levou à humilhação eleitoral do CDS?

O país não quer saber do guião catastrofista (incêndios) nem do assassínio de carácter do primeiro-ministro. O povo de Direita quer perceber com que alternativas pode contar. Não quer saber de melodramas de faca e alguidar.

Como é que um partido que ainda há um mês estava disposto a hipotecar as contas públicas ao fundamentalismo corporativo da Fenprof, tem autoridade para criticar uma eventual melhoria salarial dos funcionários do Estado, ou seja, de médicos, enfermeiros, professores, polícias, militares, diplomatas, magistrados, investigadores, trabalhadores do regime geral, etc.? Como?

AGORA SÃO POUCOS?

Nos últimos trinta anos, o estribilho preferido da Direita tem sido: A Função Pública tem gente a mais. Um milhão, vociferavam os mais atrevidos. Na realidade, o pico nunca chegou a 600 mil (sendo 25% professores). Fizeram-se estudos comparativos e o facto é que temos o mesmo rácio dos países europeus com população equivalente à nossa.

A excepção é o Reino Unido, onde magistrados, polícias, militares, professores, médicos, etc., não são funcionários públicos.

Sócrates apertou a regra do funil (uma única admissão por cada duas saídas) e Passos induziu reformas antecipadas no ensino básico e secundário. E assim se chegou à situação de reconhecer que há necessidade de admitir 50 mil novos funcionários para manter oleada a máquina do Estado.

Isto não tem nada a ver com a semana de 35 horas de trabalho, como quis fazer crer Marques Mendes no seu programa da SIC.

Desde 1979 que a carga horária da Função Pública correspondia a 35 horas por semana. E nessa altura toda a gente bramava com o excesso de funcionários. Foi o Governo de Passos & Portas quem aumentou a carga horária (ao mesmo tempo que cortava subsídios e fazia disparar a carga fiscal para níveis obscenos), e foi o Governo actual quem repôs a semana de 35 horas sem que, como devia, tivesse alterado de forma eficaz a grelha fiscal.

O programa do PS para as próximas Legislativas prevê mexidas sérias na Função Pública (salários e contratações), como anunciou António Costa. A ver vamos.