UM POEMA POR SEMANA — Para este domingo escolhi Libertação de José Régio (1901-1969), um dos fundadores, e o principal teórico, da revista Presença, que se publicou durante treze anos, dando corpo ao segundo modernismo.
Natural de Vila do Conde, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, Régio foi, além de poeta, também dramaturgo, romancista, contista, ensaísta, cronista, crítico, diarista, memorialista e desenhador. Estreou-se em livro com Poemas de Deus e do Diabo (1925), colectânea que inclui Cântico Negro, o mais famoso dos seus poemas.
Professor de liceu no Porto e em Portalegre, foi uma das personalidades mais destacadas da vida literária portuguesa entre os anos 1930 e 1960. Morreu aos 68 anos sem nunca ter constituído família.
Publicado originalmente no livro de estreia, o poema desta semana foi integrado, em 1939, no segundo, Biografia. A imagem foi obtida a partir de Século de Ouro. Antologia Crítica da Poesia Portuguesa do Século XX, organizada por Osvaldo Manuel Silvestre e Pedro Serra, publicada em 2002 pela Cotovia e Angelus Novus.
[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha, Edith Arvelos, Cesário Verde, António José Forte, Francisco Bugalho, Leonor de Almeida, Carlos de Oliveira, Fernando Assis Pacheco, José Blanc de Portugal, Luís Miguel Nava, António Maria Lisboa, Eugénio de Andrade, José Carlos Ary dos Santos, António Manuel Couto Viana, Ruy Cinatti, Al Berto, Alexandre O’Neill, Vitorino Nemésio, David Mourão-Ferreira, Miguel Torga, Ângelo de Lima, Pedro Tamen e António Ramos Rosa.]
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