sábado, 27 de novembro de 2021

RIO VENCE DE NOVO

Rui Rio venceu as directas do PSD apesar do baronato, dos capos, do circuito da carne assada, do Expresso, do Observador e dos comentadores do costume. A derrota de Paulo Rangel, como antes a de Luís Montenegro, representa uma clara rejeição do passismo por parte dos militantes do partido.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

OMICRON

Por causa da nova variante sul-africana da Covid — B.1.1.529, vulgo Omicron —, a UE prepara-se para interditar voos de e para vários países da África Austral, tais como a África do Sul, a Namíbia, o Botswana, o reino de Essuatíni (a antiga Suazilândia), Moçambique, o Zimbabwe, a Zâmbia e o Lesoto.

domingo, 21 de novembro de 2021

LUÍS MIGUEL NAVA


Com um poema em prosa, retomo hoje a publicação de um poema por domingo, interrompida em 26 de Setembro.

Para hoje escolhi Matadouro de Luís Miguel Nava (1957-1995), poeta barbaramente assassinado aos 37 anos.

Natural de Viseu, Nava foi poeta e ensaísta. Atravessou a cena literária como uma estrela cadente e deixou uma obra breve mas impressiva. Começou a escrever em criança, mais precisamente aos oito anos (facto que coincidiu com o divórcio dos pais), e ainda não tinha dezasseis quando publicou o primeiro livro, O Perdão da Puberdade (1974), assinado Luís Miguel Perry Nava, título omisso da bibliografia canónica, que começa em 1979, com Películas.

Em 1975, durante alguns meses, foi casado com a poeta Rosa Oliveira. Homossexual assumido, docente na Faculdade de Letras de Lisboa, partiu em 1983 para Oxford como leitor de português. Mais tarde foi tradutor da União Europeia, em Bruxelas. Nómada no Magreb, acalentou nos últimos anos de vida o desejo de um leitorado no Cairo, mas a morte surpreendeu-o em casa, onde foi degolado no dia 9 de Maio de 1995.

O poema desta semana pertence a O Céu Sob as Entranhas (1989). A imagem foi obtida a partir de Poesia (2020), volume organizado por Ricardo Vasconcelos que reúne a obra poética completa.

Depois da sua morte, instituiu-se por testamento a Fundação Luís Miguel Nava, que editou durante anos a revista Relâmpago, atribuindo um prémio anual de poesia.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha, Edith Arvelos, Cesário Verde, António José Forte, Francisco Bugalho, Leonor de Almeida, Carlos de Oliveira, Fernando Assis Pacheco e José Blanc de Portugal.]

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