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quinta-feira, 14 de outubro de 2021
HABEAS CORPUS
UPDATE RENDEIRO
A inspecção da PJ feita anteontem à casa do banqueiro na Quinta Patiño confirmou o desaparecimento de obras de arte inventariadas em Novembro de 2010. E algumas das que encontraram não correspondem aos originais constantes do auto de apreensão. Conclusão: quinze sumiram, outras foram substituídas por cópias. Nada que surpreenda.
Mas há pior. Duas obras icónicas da arte portuguesa, Cabeça Heráldica (1912) de Amadeo de Souza-Cardoso e Cães de Barcelona (1964) de Paula Rego, não constam do referido auto de apreensão. Há dez anos ainda as duas se encontravam na casa da Quinta Patiño. Paula Rego até viu a sua no local e, segundo testemunho de Nick Willing, o filho mais velho da pintora, a mãe não gostou do sítio onde estava colocada.
Sem surpresa, Rendeiro não emprestou Cães de Barcelona para a retrospectiva de Paula Rego actualmente patente na Tate Britain (Londres) e, pelos vistos, a PJ nem sabia da existência da obra, adquirida por Rendeiro em 1998, e exposta em 2008 na mostra que o Museu Reina Sofía (Madrid) dedicou à pintora. Deveras estranho.
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
ESPERAVAM O QUÊ?
Há dias decidiu pôr-se ao fresco. Mas deixou cá a mulher e as 124 obras de arte que decoram algumas salas da casa da Quinta Patiño, no Estoril. Obras de, entre outros, António Dacosta, Carlos Botelho, Dominguez Alvarez, Frank Stella, Hogan, Julião Sarmento, Júlio Resende, Lourdes Castro, Noronha da Costa e René Bertholo. Não confundir com o acervo do Museu Ellipse, o qual, alegadamente, estará encerrado e à responsabilidade da polícia.
É preciso não esquecer que, em 2006, a revista americana Art Forum considerou João Rendeiro uma das cem personalidades mais influentes do mundo da arte contemporânea. Tudo por causa da (sua) Ellipse Foundation, com sede nos Países Baixos, museu em Alcabideche e curadores do gabarito de Alexandre Melo e Pedro Lapa.
Ontem, uma juíza emitiu um mandado de busca e apreensão das supracitadas obras de arte, arrestadas desde 2011 mas ainda nas paredes da casa da Quinta Patiño. Parece que muitas delas não correspondem aos originais inventariados há dez anos. Esperavam o quê?
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MEDINA & INDEPENDENTES
Entretanto, também renunciaram quatro independentes eleitos na sua lista: a arquitecta Inês Lobo, que seria o número dois da CML, bem como Álvaro Machado de Amorim Pinto, Inês Ucha e Maria João Santos Rodrigues. Para os seus lugares avançam militantes do PS que estavam colocados em posições inferiores.
Medina perdeu a CML por 2.299 votos, encabeçando uma lista cheia de nomes que nada dizem aos militantes e simpatizantes do Partido Socialista (a sociedade civil não os conhece). Convinha reflectir nas desvantagens da heterodoxia ideológica, na qual grande parte do eleitorado PS não se revê.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2021
O QUE NOS ESPERA
Não confundir com tabelas de retenção na fonte, as quais são elaboradas depois de aprovado o OE.
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EM QUE FICAMOS?
Há quem sustente que 'Pedro da Silveira' seria o pseudónimo de um informador da PIDE — um tal Duarte de Gusmão, professor de Braga, cuja ficha teria sido consultada por vários investigadores —, e não o Pedro Laureano Mendonça da Silveira (1922-2003) nascido nos Açores, intelectual respeitado como Pedro da Silveira, antologiado por Sena, com obra publicada entre 1952 e 2002.
Em que ficamos?
Imagem: lápide na casa de Pedro da Silveira, em Campo de Ourique.
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