Natural de Benavente, Natércia Freire estudou música (canto e composição), fez o curso do Magistério Primário e leccionou antes de dedicar-se por inteiro à vida literária. Além de poesia escreveu contos, tendo-se estreado com Castelos de Sonho (1935). Recebeu duas vezes o Prémio Antero de Quental (1947 e 1952), o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa (1955) e, em 1971, o Prémio Nacional de Poesia. Era irmã da escritora Maria da Graça Freire.
Entre 1971 e 1974 fez parte da Comissão de Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian.
Pedro Sena-Lino, seu neto, organizou — juntamente com Alexandre Nave e José Félix Duque — O Livro de Natércia, publicado em 2005. Volume de evocação da autora, com prefácio de Jorge Sampaio, conta com a colaboração de 51 poetas (um deles eu próprio) e 21 artistas plásticos.
No centenário do seu nascimento (2019) foi nobilitada a título póstumo com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
O poema desta semana integra Anel de Sete Pedras (1952). A imagem foi obtida a partir do 1.º volume da Terceira Série de Líricas Portuguesas, a mítica antologia organizada por Jorge de Sena, publicada pela Portugália [este primeiro volume] em 1972.
[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro e José Gomes Ferreira.]
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