quinta-feira, 15 de julho de 2021

CHRISTIAN BOLTANSKI 1944-2021


Christian Boltanski morreu ontem em Paris, no Hospital Cochin. A causa não foi determinada, há quem fale de cancro, mas Annette Messager, sua mulher, não confirma.

Autodidacta, tornou-se um dos mais importantes artistas visuais franceses, célebre do Japão à Patagónia, conhecido pelas instalações provocatórias — como a pirâmide de roupas usadas que em 2010 ocupou o Grand Palais —, os vídeos escatológicos, a fotografia e os filmes autobiográficos. No ano passado, quando a pandemia encerrou os museus franceses, o Centro Pompidou exibia desde o Outono de 2019 uma grande retrospectiva da sua obra.

Menschlich (1994), um dos seus livros mais conhecidos, reúne mil e trezentos retratos dos anos 1970-80, tendo como denominador comum o horror do Holocausto. Boltanski tem origem judaica, tendo seus pais (uma escritora e um médico) sofrido a violência da França ocupada.

Começou pela pintura (1957-68), mas seria nas artes visuais que se notabilizaria, estando representado em museus de Paris, Grenoble, Madrid, Nova Iorque, Quebec, ilha japonesa de Teshima, etc. Em 2010, em troca de uma choruda renda vitalícia, “vendeu” a sua vida a um milionário australiano, ficando este com o direito de filmar Boltanski 24 horas por dia.

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