Morreu hoje o bailarino e programador cultural Jorge Salavisa, antigo director do Ballet Gulbenkian (1977-96) e do Teatro Municipal de São Luiz (2002-10). Antes de regressar a Portugal, em 1977, Salavisa trabalhou cerca de vinte anos fora de Portugal, ao lado dos nomes mais importantes do bailado contemporâneo: Margot Fonteyn e Roland Petit são apenas dois entre dezenas, em companhias tão diferentes como a Ópera de Paris, o Grand Ballet du Marquis de Cuevas, o London Festival Ballet, o New London Ballet (onde chegou a director-assistente), o Scottish Ballet (Glasgow), o Performing Arts Research and Training Studios (Bruxelas) e outras.
Durante catorze anos, entre 1984 e 1998, foi professor-coordenador da Oficina Coreográfica da Escola de Dança do Conservatório Nacional. Entre 1998 e 2001 foi Director da Companhia Nacional de Bailado.
Publicou as memórias no volume Dançar a Vida (Dom Quixote, 2012), obra na qual expõe publicamente a sua condição de homossexual.
Foram seus alunos alguns dos mais destacados bailarinos portugueses, como, entre outros, Rui Horta, Clara Andermatt, João Fiadeiro, Vera Mantero, Paulo Ribeiro e Benvindo Fonseca.
Homem extensamente culto e afável, faria 81 anos no próximo mês de Novembro.