quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

ESPANHA


Se as eleições se realizassem hoje em Espanha, o PSOE seria o partido mais votado, mas seria a Direita a governar com o apoio da extrema-direita. Uma geringonça à espanhola, portanto.

A soma do PP, CIUDADANOS e VOX representa 50,9% das intenções de voto (e a possibilidade de 189 deputados), enquanto a soma do PSOE e do PODEMOS apenas representa 38,4% (e a possibilidade de 143 deputados). Os pequenos partidos não contam: a soma de todos não chega para colmatar o gap.

Vendo os três gráficos, verificamos que o VOX, de extrema-direita, praticamente não existia há seis meses, e hoje consegue mobilizar quase treze por cento do eleitorado.

É evidente que uma coligação PP+PSOE+CIUDADANOS evitaria ter a extrema-direita a governar, mas a ortodoxia de uns e outros vai optar pela pior solução.

A sondagem foi divulgada hoje por El Mundo. Clique na imagem.

SINISTRO


Fui ler o discurso de posse de Bolsonaro.

Highlights

Hoje, aqui estou, fortalecido, emocionado e profundamente agradecido a Deus [...]

Vamos restaurar e reerguer nossa Pátria, libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade económica e da submissão ideológica [...]

Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã [...]

Vamos combater a ideologia de género... O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas [...]

O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005, quando optou pelo direito à legítima defesa [...]

Contamos com o apoio do Congresso Nacional para dar o respaldo jurídico aos policiais para realizarem seu trabalho. [...]

Nossas Forças Armadas terão as condições necessárias para cumprir sua missão constitucional de defesa da soberania, do território nacional e das instituições democráticas, mantendo suas capacidades dissuasórias para resguardar nossa soberania e proteger nossas fronteiras [...]

À margem do discurso: Bandeira vermelha acabou / Nosso país liberta-se hoje do socialismo / Marxismo cultural dos mídia e das universidades vai acabar / Politicamente correcto nunca mais.

Há um ano, isto era uma anedota. Hoje é a realidade. Como a imagem demonstra, o homem tomou mesmo posse, sufragado por dois terços dos eleitores brasileiros.

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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

BOLSONARO, DIA UM


Quando forem 16:45 em Portugal, Bolsonaro toma posse como 38.º Presidente do Brasil.

Estão milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, onde o longo cerimonial de investidura já teve início. O esquema de segurança é o maior da história do país. Três partidos representados no Congresso recusaram participar no acto: o PT, o PSOL e o PCdoB.

Com Bolsonaro tomam posse o vice-Presidente, general Hamilton Mourão, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e 22 ministros.

Tereza Cristina, ministra da Agricultura, e Damares Alves, evangélica radical [Está na hora de dizer à nação que é a hora da Igreja governar], ministra da Família, Assuntos da Mulher e Direitos Humanos, são as únicas mulheres.

O executivo conta ainda com um almirante, três generais, um tenente-coronel astronauta (Ciência), um teólogo colombiano (Educação), um diplomata de extrema-direita (MNE) e o juiz Moro à frente da Justiça e Segurança Pública.

Martín Vizcarra, Presidente do Peru, que já estava em Brasília, regressou ao seu país.

Marcelo, único Chefe de Estado europeu presente, Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Mike Pompeo, secretário de Estado (MNE) americano, são os convidados de maior destaque.

Esta manhã tomaram posse os 27 governadores estaduais eleitos.

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domingo, 30 de dezembro de 2018

MALWARE EM GATWICK?

E se os drones de Gatwick nunca tivessem existido?

E se a paralização de 36 horas consecutivas (entre a noite de 19 de Dezembro e a manhã do dia 21), mais uma hora extra na tarde da reabertura, afectando mais de mil voos e cerca de 200 mil passageiros, tivesse sido consequência de um ataque de malware?

A polícia britânica mantém-se evasiva. O casal preso no dia 22 foi libertado com pedido oficial de desculpas e indemnização. Passaram nove dias e o Governo de Sua Majestade nada esclarece. Os rumores avolumam-se.

Os ataques de malware são formas de terrorismo como quaisquer outras. Ainda nenhum ciberataque tinha sido tão espectacular como o da Coreia do Norte à Sony, em Dezembro de 2014, mas tem havido outros.

Ainda ontem, todos os jornais do grupo Tribune Publishing (costa oeste dos Estados Unidos) ficaram impedidos de circular devido a um ataque de malware.

Como dizia o outro, no creo en brujas, pero que las hay, las hay.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

AMOS OZ 1939-2018


Vítima de cancro, morreu hoje Amos Oz, o escritor israelita que se opunha à política expansionista do seu país, o defensor convicto do direito dos palestinianos a um Estado independente, uma voz incómoda para Tel Aviv: «Se não houver aqui dois estados, e rapidamente, haverá apenas um. (E será árabe.)» Romancista, contista, ensaísta, professor de literatura na Universidade Ben-Gurion, em Beersheba, tem a obra (vinte romances, onze colectâneas de ensaios e três de contos) publicada em mais de cinquenta países, incluindo Portugal, onde estão traduzidos os seus livros mais conhecidos. Em data, o mais recente é Caros Fanáticos, uma colectânea de três ensaios centrados no fanatismo universal, de que o islâmico é parte. Tinha 79 anos.

ADSE


O Observador publicou ontem um estudo muito detalhado sobre a ADSE, da autoria de Mário Amorim Lopes, professor da Universidade do Porto e da Católica Porto Business School. Trata-se de um trabalho sério, com início na criação (em 1963) deste subsistema de saúde dos funcionários públicos, anterior ao SNS, explicado até à actualidade.

Por exemplo: em 2016, a ADSE atingiu um pico de 336 milhões de euros de saldo positivo, «tendo plenamente consolidado o autofinanciamento... depende apenas das contribuições dos seus beneficiários...», que todos os meses descontam 3,5% do seu vencimento bruto, subsídios de férias e Natal incluídos.

Em 2016, a ADSE tinha 1.269.267 beneficiários, dos quais 848.665 são titulares no activo (41%) ou aposentados (27%), sendo os restantes 420.602 descendentes menores e cônjuges sem rendimentos.

É importante que estas coisas sejam esclarecidas para acabar de vez com a ideia de benesse.

Conclusão: «A ADSE é hoje financeiramente independente. Logo, é um subsistema de saúde pago pelos seus beneficiários e não pelos contribuintes. Os restantes argumentos para a sua extinção são de cariz ideológico.» O trabalho é complementado com meia dúzia de gráficos, um dos quais aqui se reproduz.

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

BEST OF 2018


Em cima do fim do ano, o meu Best Of 2018. Cinco livros:

A MENTE APRISIONADA / Czeslaw Milosz / Cavalo de Ferro

Poeta notabilíssimo, o polaco Czeslaw Milosz publicou em 1953 um libelo contra o totalitarismo: A Mente Aprisionada. A tradução portuguesa chegou em 2018. Os marxistas não gostaram, os anticomunistas torceram o nariz. Milosz sofreu o ónus de ter razão antes de tempo, mas o futuro corroborou esta obra-prima.

MULHERES LIVRES HOMENS LIVRES / Camille Paglia / Quetzal

Cada novo livro de Camille Paglia é uma provocação. Nessa medida, Mulheres Livres Homens Livres não constitui excepção. Compilação de ensaios (alguns oriundos de outras obras suas) sobre sexo, género, arte e feminismo, apoiados numa vasta erudição e no total desprezo pela mentalidade dominante. Imprescindível.

MRS. OSMOND / John Banville / Relógio d’Água

Se a ficção jamesiana é um paradigma de excelência, John Banville chegou lá. Num exercício arriscado, Mrs. Osmond prolonga Retrato de Uma Senhora, o clássico de 1881. James fez a transição do romance vitoriano para o modernismo, e Banville, dialogando de igual para igual, faz com brilho o caminho de volta.

O MUNDO GAY DE ANTÓNIO BOTTO / Anna M. Klobucka / Documenta

Ler Botto sob enfoque queer foi o que fez Anna M. Klobucka com O Mundo Gay de António Botto. Estudo inédito de um poeta que, nos anos 1920, impôs em língua portuguesa a poesia de índole homossexual, mergulha na biografia do autor, sem esquecer celeumas, o patrocínio de Pessoa, o exílio no Brasil e os delírios de uma personalidade errática.

PÁTRIA / Fernando Aramburu / Dom Quixote

O terrorismo associado ao independentismo basco ilustra um dos períodos negros da História de Espanha. No mais recente dos seus romances, Pátria, o espanhol Fernando Aramburu expõe de forma crua a vaga de assassinatos perpetrados pela esquerda abertzale. Isento de ênfase, o livro vai fundo no escalpe da realidade.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

RUI MARTINIANO 1954-2018


Vítima de aneurisma, morreu anteontem Rui Martiniano, o editor que, na qualidade de poeta, assinava Rui André Delídia.

Martiniano abandonou a actividade bancária para fundar a Hiena, editora marginal porém muito exigente, que tem no seu catálogo dois livros de Fernando Assis Pacheco, sendo um deles a primeira reunião da poesia completa do autor, uma colectânea de traduções feitas por Herberto Helder, além de livros de Raul Leal, António José Forte, Adília Lopes, Oscar Wilde, Djuna Barnes, Boris Vian, Marguerite Duras, Saint-John Perse, Marina Tsvétaïeva, Walter Benjamin, Thomas Bernhard, Mandelstam, Beckett, Nietzsche, Joyce, Hofmannsthal, Rilke, Céline, Rimbaud, Baudelaire, Genet, Lorca, Artaud, Nerval, Kafka, Mallarmé, Bataille, Michaux, Tzara, Pound e dezenas de outros.

Em 1991, com o título Arte Inútil, publicou a sua própria poesia reunida (escrevi sobre o livro no n.º 135-36 da revista Colóquio-Letras). Nos últimos anos dedicou-se à actividade de alfarrabista, na Rua Anchieta, ao Chiado. Tinha 64 anos.

Imagem de Edgar Pêra, roubada a Diogo Vaz Pinto. Clique.

domingo, 23 de dezembro de 2018

INDONÉSIA


Cerca de 250 mortos, 843 feridos graves e centenas de habitações destruídas, número que inclui uma dezena de hotéis, é o balanço provisório do tsunami que esta madrugada abalou a região costeira de Pandeglang, na província de Banten (Java), a duzentos quilómetros de Jacarta.

Clique na imagem de El País.

sábado, 22 de dezembro de 2018

COLETES & REDES

O mito das redes sociais como factor de mobilização de massas ficou demonstrado ontem com o flop dos gilets indígenas. As redes sociais criam ilusões. Ponto.

Não vale a pena invocar a manifestação de 15 de Setembro de 2012 contra o anunciado (mas abortado) redesenho da TSU, que punha os trabalhadores a descontar mais 7% do salário bruto e os patrões a pagar menos 5,75% por cada um.

O 15 de Setembro foi o que foi porque os aparelhos do PS, do PCP, do BE, da CGTP e da UGT fizeram o trabalho de casa (com muita eficácia e ainda maior discrição), os bispos tomaram posição, e Manuela Ferreira Leite foi à televisão dizer que também ia à manifestação. Tão simples como isto. Até Cavaco, nas suas memórias póstumas, confessa ter considerado a medida um erro.

Não foram os blogues, nem o Facebook, nem o Twitter, nem o WhatsApp, nem o Instagram que mobilizaram as pessoas. As redes deram visibilidade à indignação. As pessoas mobilizaram-se porque estavam indignadas com o delírio de Passos, Gaspar & Portas.

Hoje temos uma sucessão de indignações tribais. Tumulto nacional é outra coisa.

OS MELHORES?

Os best of valem o que valem. Cada um tem direito às suas agendas, quotas, epifanias, tesões, ódios de estimação, embirrações, amizades, subserviências, cumplicidades, dependências, clubites e obrigações. Nada contra. Sempre foi assim. Aqui e em toda a parte.

Continua a fazer-me confusão que a lista principal seja antecedida de outra com títulos que, alegadamente, não podem ser ignorados. Mas a pecha é antiga. Não vá o Diabo tecê-las, há que acautelar o sistema de relações públicas.

Este ano temos uma novidade: livros de 2017 na lista dos melhores de 2018 (conferir no Expresso). E por que não 2016 ou 2015? Ou mesmo 1973, ano da fundação do jornal?

A inclusão, nos livros do ano, de reedições de livros publicados em Portugal há vinte ou trinta anos, é outro lugar-comum. Mas isso releva de simples ignorância.

GENERAL


Regina Mateus, 52 anos, médica-cirurgiã, foi ontem promovida a general. É a primeira vez que, em Portugal, uma mulher atinge o topo das Forças Armadas. Natural de Lourenço Marques (Maputo), ocupava actualmente o cargo de directora do Hospital das Forças Armadas. No âmbito da NATO, participou em operações em Espanha, na Grécia e na Turquia.

FINALMENTE

Um homem e uma mulher foram presos a noite passada, acusados de serem os responsáveis pela operação dos drones que paralisaram o aeroporto de Gatwick durante 36 horas consecutivas.

O sistema israelita Drone Drone, que interfere nas comunicações entre o drone e o seu operador, permitiu acelerar a actuação da polícia britânica.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

ACABOU?


Após 36 horas de caos, que afectou cerca de 200 mil passageiros e deu origem ao cancelamento de quase dois mil voos, Gatwick reabriu esta manhã. Mesmo assim, mantêm-se cancelados mais de cem voos, e a Ryanair transferiu a sua operação para Stansted.

Apoiada pelo exército (e, presumo, pelos serviços de intelligence), a polícia britânica ainda não identificou nem localizou o responsável, ou responsáveis, pela intromissão dos drones. Isto dá que pensar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

GATWICK ENCERRADO


Gatwick, um dos cinco aeroportos de Londres, está encerrado há mais de catorze horas devido à presença de drones. As autoridades estão a tentar localizar os respectivos operadores. A ministra dos Transportes, baronesa Elizabeth Sugg, fará uma comunicação às 11:35 desta manhã. A comunicação da ministra faz recear o pior, ou seja, a eventual origem terrorista dos drones.

Entretanto, milhares de passageiros estão a ser desviados do aeroporto. Desde as 21 horas de ontem, e até ao momento, foram cancelados 760 voos (e dezenas de outros desviados para outros aeroportos), afectando mais de cem mil passageiros. Helicópteros da polícia continuam a sobrevoar o perímetro do aeroporto.

Clique na imagem do Guardian.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

TIRO PELA CULATRA

Mr Corbyn, o impagável líder trabalhista, julgou que era Houdini. Infelizmente, nem para ilusionista serve. O que fez o chefe da Oposição britânica? Em vez de apresentar uma moção de censura ao Governo, que se resume a uma frase-padrão [Esta Casa não tem confiança no Governo de Sua Majestade] e tem de ser votada num prazo máximo de 24 horas, apresentou uma moção de censura à primeira-ministra, procedimento inexistente e, nessa medida, para arquivar.

Se tivesse apresentado uma moção de censura ao Governo, teria do seu lado os deputados unionistas irlandeses (DUP), os deputados escoceses (SNP), os deputados liberais democratas (LD) e, provavelmente, alguns tories adversários de Theresa May. Com a sua originalidade, ficou a falar sozinho. Às 9 da noite de ontem, a moção estava no lixo.

O acordo UE-UK que estabelece as bases para o Brexit será votado a 14 de Janeiro, como decidiu a primeira-ministra.

REPÚBLICA DE JUÍZES?

A procuradora-geral da República ameaça demitir-se se for aprovado o projecto-lei do PSD que altera a composição do Conselho Superior do Ministério Público. O primeiro-ministro deve lembrar à PGR que a porta da rua é a serventia da casa. Rui Rio tem inteira razão quando diz que a ameaça pública da PGR é uma intromissão descarada do poder judicial no poder legislativo. Muito mal andará o PS se não aprovar a proposta de alteração do Conselho Superior do Ministério Público.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

DICKENS ESTÁ DE VOLTA


Primeiro foi o relatório da ONU, publicado o mês passado.

Síntese: «Com as suas políticas de austeridade, punitivas, mesquinhas e muitas vezes insensíveis, o Governo do Reino Unido infligiu grande miséria à população. Embora o Reino Unido seja a quinta maior economia do mundo, os níveis de pobreza infantil não são apenas uma desgraça, mas uma calamidade social e um desastre económico. Cerca de 14 milhões de pessoas, um quinto da população, vivem na pobreza, e um milhão e meio são indigentes, incapazes de arcar com despesas básicas, como alojamento, alimentação e vestuário. É patentemente injusto e contrário aos valores britânicos que tantas pessoas vivam na pobreza. As políticas do Governo conservador em relação aos pobres não foram impulsionadas pela economia, mas por um compromisso em alcançar uma reengenharia social radical

Philip Alston, o relator, cita dados do Instituto de Estudos Fiscais e da Fundação Joseph Rowntree.

Agora foi o inquérito da NUT (National Union of Teachers), dirigido a mais de mil professores britânicos do ensino básico.

Síntese: «Há cada vez mais alunos a passar fome, sem calçado [‘sapatos presos com fita adesiva’] e roupa adequada para o Inverno. O Governo vive alheado da realidade angustiante da vida quotidiana

Clique na imagem do Guardian.

domingo, 16 de dezembro de 2018

TELEFONE GRIPADO?

Um helicóptero do INEM, com destino a Macedo de Cavaleiros, despenhou-se ontem perto de Valongo, cerca das 18:30, aparentemente por ter colidido com uma antena. Morreram quatro pessoas: o piloto João Lima, o co-piloto Luís Rosindo, o médico Luís Vega e a enfermeira Daniela Silva.

A NAV, entidade que gere o tráfego aéreo nacional, perdeu o contacto com o aparelho às 18:25, altura em que tentou contactar os CDOS (Comandos Distritais de Operações de Socorro) do Porto, Braga e Vila Real. «Após contacto com o CDOS de Coimbra, que reencaminhou a chamada para o Porto, é que se conseguiu contactar o CDOS do Porto.» Mas, até prova em contrário, os CDOS de Braga e Vila Real «não atenderam».

Às 19:40 foi avisada a Força Aérea. As buscas tiveram início às 20:15. Através de geolocalização, o SIRESP encontrou (após triangular os telemóveis dos ocupantes) o aparelho despenhado. O resto já se sabe.

Falta esclarecer os intervalos de tempo e o silêncio dos telefones dos CDOS de Braga e Vila Real.

BÉLGICA


Cerca de seis mil manifestantes de extrema-direita, grande parte deles flamengos, adversários do Pacto Global para as migrações, destruíram tudo à sua passagem até à sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, onde lançaram petardos. Não querem imigrantes na Bélgica, ponto.

A polícia fez vista grossa, aparecendo praticamente no fim dos distúrbios, com um canhão de água e gás lacrimogéneo.

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