Não sou de prognósticos, mas não é difícil antecipar o resultado das eleições antecipadas.
— Se não se bater por (e obtiver) maioria absoluta, o PS não terá condições para formar Governo. É preciso convencer os eleitores dessa necessidade, dizendo com clareza ao que vai. Se ficar pela ambiguidade da “maioria reforçada” não vai a lado nenhum. Ser o Partido mais votado não chega.
— Se o PSD concorrer coligado com o CDS e a Iniciativa Liberal, é grande a probabilidade de obter maioria absoluta. A ver vamos quem lidera o Partido a partir das directas de Dezembro. Rui Rio parece aberto à grande coligação. Paulo Rangel, por enquanto, quer concorrer sozinho e fazer acordos pós-eleitorais. A ver vamos.
— Se uma hipotética maioria relativa PSD+CDS+IL depender do CHEGA (muito provavelmente a terceira força política) para obter maioria absoluta, Ventura será o suporte do tripé.
— Na próxima Primavera falamos.