sábado, 23 de maio de 2020

GLÓRIA DE SANT'ANNA


Glória de Sant’Anna (1925-2009) não goza, em Portugal, do reconhecimento que a sua obra poética justifica. Tendo vivido cerca de 26 anos em Moçambique, mais exactamente em Porto Amélia, actual cidade de Pemba, e Vila Pery, actual cidade de Chimoio, compreende-se o relativo descaso. Afinal, Moçambique fica do outro lado do mundo.

Contudo, Glória de Sant’Anna é autora de doze livros de poesia (os primeiros seis publicados em Moçambique), dois livros de literatura infantil e dois volumes de memórias. Em 1988, a Imprensa Nacional publicou Amaranto, volume que colige os seis livros publicados em Moçambique entre 1951 e 1972. O conjunto da obra poética foi reunido em 2010, no volume póstumo Gritoacanto.

Agora, dois antigos alunos seus (Glória era professora do ensino secundário), moçambicanos ambos, Luís Loforte e Edmundo Galiza Matos, organizaram e publicaram em Pemba um volume de homenagem que reúne testemunhos de quem com ela privou mas também breves ensaios críticos — Quando o silêncio é sujeito.

Além dos organizadores, o volume colige textos dos filhos de Glória de Sant’Anna e testemunhos de dezenas de personalidades, entre elas Eugénio Lisboa, Teresa Roza d’Oliveira, Mia Couto, José Luís Porfírio, Fátima Mendonça e Celso Muianga

A convite de Inez Andrade Paes, sua filha, também colaboro. Em post separado farei a publicação do meu testemunho. Para já, fica a notícia da homenagem.

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