O artigo do Frankfurter Allgemeine Zeitung sobre Centeno provocou orgasmos-gêiser no comentariado de Direita. Foi penoso de ver a forma como os pivôs portugueses entraram em transe.
Segundo o jornal alemão, Centeno apresenta-se «mal-preparado nas reuniões [demonstrando] incapacidade para promover compromissos...» Insistindo na saída do ministro, que estaria interessado em trocar a presidência do Eurogrupo pela governança do Banco de Portugal, o FAZ faz o óbvio: lobby a favor de Nadia Calviño, ministra espanhola dos Assuntos Económicos.
Há meses que Espanha tenta colocar a sua ministra à frente do Eurogrupo, intenção desmentida pela própria, que não poupa elogios a Centeno.
Este tipo de campanhas faz parte do jogo político (com manobras de artilharia pesada nos canais diplomáticos). Nada de novo.
Novo, diria mesmo repelente, só mesmo a forma como a “notícia” tem sido tratada em Portugal. Vendo bem, nem isso é novo. Assim que chegou ao Governo, em Novembro de 2015, Centeno tornou-se um homem a abater. E não só pela Direita. Alguma razão haverá.
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