Para surpresa de todos, a pandemia de Covid-19 prova que praticamente nenhum país está preparado para lhe responder.
Exceptuando a China, a Coreia do Sul, Singapura e Taiwan, nenhum país desenvolvido tem sido capaz de gerir a tragédia.
A Itália, tida como detentora de um serviço de saúde exemplar, chocou de frente com a realidade.
Portugal perdeu, entre 2011 e 2015, mais de dois mil médicos e um número superior de enfermeiros, emigrados para outros países.
Espanha vive dias de caos. Madrid tem menos 2.500 médicos do que tinha em 2012.
A Suíça não aparece nos noticiários, mas a resposta médica está à beira do colapso.
A débâcle do serviço de saúde da França ultrapassa as piores previsões.
A situação na Holanda devia fazer corar de vergonha os puritanos do défice.
No Reino Unido, o NHS está ao nível de Marrocos.
Nos Estados Unidos, tudo tem sido pior do que era possível imaginar.
O Irão mergulhou nas trevas da teocracia e as valas comuns ajudam as estatísticas.
São alguns exemplos.
Facto: as sociedades “avançadas” desinvestiram na saúde. Se não for desta que o mundo acorda, não será nunca.