O Governo italiano encontra-se reunido de emergência para fazer face à situação crítica que se vive na Lombardia por causa do Covid-19.
Giuseppe Sala, o presidente da Câmara de Milão, mandou encerrar os serviços públicos.
Por seu turno, o presidente do Governo Regional da Lombardia, Attilio Fontana, confirmou a existência de 39 casos de pessoas infectadas.
Em toda a Itália são 64, com duas mortes nas últimas 24 horas.
O epicentro do surto epidémico é a comuna de Codogno, uma cidadezinha com dezasseis mil habitantes, que vive desde ontem em estado de emergência, tal como outras dez cidades lombardas que mandaram encerrar o comércio (supermercados incluídos), postos de abastecimento de combustíveis, restaurantes, serviços públicos, museus e empresas de serviços não essenciais. As escolas estão encerradas sine die. Os comboios não páram em nenhuma dessas cidades.
Também foram canceladas missas e eventos desportivos. A decisão partiu de Giulio Gallera, responsável máximo da Saúde na Lombardia. Nas farmácias, as máscaras esgotaram.
Entretanto, no Veneto (onze casos), equipas de protecção civil montaram um acampamento em frente a um hospital para rastrear os doentes.
A Feira da Moda de Milão encerra amanhã, como estava previsto, mas regista avultados prejuízos, pois não compareceram mais de mil empresas da China e de outros países da Ásia.
Lembrar que, em 2019, a Itália foi visitada por mais de cinco milhões de turistas chineses.
Lembrar ainda que esta nova estirpe do coronavírus foi identificada a 1 de Dezembro do ano passado, mas a realidade só foi conhecida na China a 27 de Dezembro, e no Ocidente a 5 de Janeiro. Ou seja: o gap de seis semanas em que nada se fez terá sido fatal.
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