quarta-feira, 30 de outubro de 2019

C. G. JUNG


Hoje na Sábado escrevo sobre a autobiografia de C. G. Jung (1875-1961), Memórias, Sonhos, Reflexões, organizada por Aniela Jaffé. Uma autobiografia a quatro mãos não corresponde às convenções do género, mas foi o que fizeram Jung e Aniela Jaffé. Antes de morrer, Jung  o fundador da psicologia analítica, acedeu a escrever e falar sobre si. Aniela organizou a obra. O Prólogo, os três primeiros capítulos — Infância, Os anos de escola, Os anos da universidade —, bem como os textos sobre Théodore Flournoy, Richard Wilhelm e Heinrich Zimmer, foram escritos por Jung; o restante foi redigido por Aniela a partir de conversas entre ambos. Depois de entrar em rota de colisão com Freud, que o admirava, Jung fixou o conceito de individuação. Interessado por terapia da dança, arte, religião, ciências paranormais e outros temas, viajante incansável (o Magreb, a Índia, o Quénia. o Uganda, etc.), Jung foi uma personalidade ímpar que esta semi-autobiografia ajuda a descobrir. Além da introdução de Aniela, o volume inclui árvore genealógica, glossário científico, cartas e trechos de obras de Jung. Quatro estrelas. Publicou a  Relógio d’Água.