Morreu ontem à noite no Montefiore Medical Center, de Nova Iorque, a escritora norte-americana Toni Morrison, Nobel da Literatura em 1993. A notícia só foi divulgada hoje à tarde. Tinha 88 anos.
Master of Arts pela Cornell University, e professora de inglês em Princeton, Morrison publicou doze romances, três colectâneas de contos, nove volumes de ensaio, uma compilação de crónicas, cinco livros para a infância e o libreto de uma ópera.
Além do Nobel e de dezenas de outras distinções, recebeu o prémio do National Book Critics Circle (1977), o Pulitzer de Ficção (1988) e a Medalha Presidencial da Liberdade (2012) atribuída por Obama. Foi doutorada honoris causa por várias universidades.
Beloved (1987), que em Portugal mantém o título original, é o seu livro mais famoso.
Activista política desde sempre, pela causa negra, dos direitos humanos e do feminismo, Morrison publicou em 2016, na New Yorker, um violento artigo contra a eleição de Trump, que acusou de supremacista branco.
Antes de tornar-se uma autora consagrada, foi editora na Random House entre 1965 e 1983. Foi casada com um arquitecto de quem teve dois filhos.
Está na altura da RTP2 transmitir o filme Imagine. Toni Morrison Remembers (2015), da BBC.
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