segunda-feira, 27 de novembro de 2017

TAMBÉM TU, URKULLU?

O Euzkadi Buru Batzar, órgão máximo do Partido Nacionalista Basco, tornou público o memorando da mediação conduzida por Iñigo Urkullu, presidente do Governo Basco, entre a Generalitat e Rajoy. Puigdemont não sai bem no retrato. Tudo começou a 19 de Julho, quando Rajoy recebeu Urkullu na Moncloa. Detalhes esquizofrénicos sobre a abortada convocatória de eleições: num espaço de poucas horas (em 26 de Outubro), Puigdemont disse e desdisse. Cartas para Juncker e Tusk que ficaram sem resposta. Um contacto com Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, homem forte do Vaticano, para eventual mediação papal: a Santa Sé recusa categoricamente. O silêncio de Junqueras em todo o processo. A importância do discurso do rei. A percepção, face à opinião pública catalã, de que Puigdemont cometeu traição. A frase fatal antes da fuga: «Tengo una rebelión. No puedo aguantar

Entretanto, ontem, entrevistado por Henrique Cymerman para o programa Zman Emet, da estação israelita Canal 1 Kan, Puigdemont disse que tenciona propor aos catalães a saída da União Europeia se ela continuar a ser... «Um conjunto de países decadentes e obsolescentes, onde só alguns contam, uma confederação de interesses económicos cada vez mais discutíveis, com vários pesos e medidas para situações iguais. A Catalunha devia votar se aceita isto.» O homem ainda se julga o dono do pedaço.