A um mês de completar 90 anos, morreu António de Almeida Santos, um dos políticos mais influentes da democracia, presidente do Partido Socialista entre 1992 e 2011 (ano a partir do qual se tornou Presidente Honorário), sete vezes ministro, deputado em várias Legislaturas, conselheiro de Estado (1985-2002), presidente da Assembleia da República (1995-2002) e autor de duas dúzias de obras, incluindo ficção e memórias.
Natural da Guarda, estudante em Coimbra, radicou-se em Lourenço Marques em 1952, tornando-se um advogado célebre. Opositor declarado do Estado Novo, defendeu pro bono dezenas de presos políticos em Moçambique, país onde viveu até 1974 e onde viu nascer os filhos.