A crise migratória acabou com a UE. Não há volta a dar. Mesmo com cedências, na medida em que as quotas de acolhimento de refugiados passaram a ter carácter facultativo por tempo indeterminado (uma forma de varrer o assunto para debaixo do tapete), em vez de obrigatórias e com prazo, quatro países votaram contra a resolução de ontem: Eslováquia, Hungria, República Checa e Roménia. Milan Chovanec, ministro checo do Interior, foi claro: Perdeu-se todo o bom senso. Não vamos receber ninguém. E houve duas abstenções, as da Finlândia e da Polónia. Entretanto, a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido, tendo assinado, ficam de fora do processo de “distribuição” votado. Se e quando decidirem receber refugiados, vão eles buscar (após triagem) a campos instalados noutros países. A Europa tornou-se um lugar pouco recomendável.