Nunca uma campanha eleitoral foi manipulada com tanto descaramento, os media a puxarem todos para o mesmo lado, a falácia das tracking polls, o destrambelhamento de Portas, o mais que virá. E ainda há quem tencione votar “alternativo”. Depois não se queixem da ditadura fiscal (como só metade do país paga impostos, a outra metade marimba-se), do desemprego, dos cortes em salários e pensões, do retrocesso de 40 anos nas condições do trabalho, da precariedade dos recibos verdes, da subalternização de médicos e professores, da emigração maciça de enfermeiros, das intermináveis listas de espera no Serviço Nacional de Saúde, enfim, de tudo aquilo a que a retórica oficial, oficiosa e televisiva chama um país de sucesso.