quinta-feira, 10 de setembro de 2015

DISCURSO DIRECTO, 10

Francisco Louçã, no Público. Excertos, sublinhado meu:

«Este debate era desigual. Até hoje, Costa apresentou propostas mas enredou-se em hesitações inesperadas. Passos Coelho escondeu as propostas como esperado. Costa tem sido mais credível mas Passos ganha com o silêncio. [...] Por isso, este debate era tão importante para ambos. Costa precisava de se mostrar e Passos de se esconder. E Costa ganhou porque conseguiu o que queria: empurrou Passos para o elogio do empobrecimento e para a imagem de auto-satisfação que faz relembrar os seus fantasmas, a insensibilidade social e a mentira. Passos, além disso, cometeu o erro fatal de quem está sentado no poder: achar que descaramento paga dívidas. Trazer Sócrates é uma mania e manias não convencem. Ficou portanto um vazio na direita. Era aliás ingenuidade do PàF pensar que poderia repetir 2011. Só que passaram 4 anos e o silêncio sobre as soluções para Portugal é um alvo fácil. [...]»