quinta-feira, 16 de julho de 2015

MUTATIS MUTANDIS

A democracia não morreu na madrugada de domingo passado, quando o Eurogrupo, sem se desviar um milímetro da sua linha de conduta, impôs à Grécia medidas draconianas. A democracia morreu no momento em que Tsipras fez gato sapato do resultado do referendo que ele próprio convocou. Os que andam a gabar-lhe a coragem (um inesperado sinónimo de leviandade) talvez não tenham percebido que desse modo avalizam o comportamento do Governo português, o qual, dez dias depois de tomar posse, com o argumento da falta de alternativa, fez tudo ao contrário do que tinha prometido nas eleições.