quarta-feira, 15 de julho de 2015

BARRETE

É hoje inaugurada a extensão do Museu Nacional de Arte Contemporânea, dito Museu do Chiado. A saída do Governo Civil de Lisboa do edifício contíguo permitiu duplicar a área expositiva, tornando possível mostrar a denominada Colecção SEC  —  mais de mil obras de arte contemporânea portuguesa  —, encaixotada em Serralves, mas afecta ao MNAC desde Setembro de 2013. Sucede que o secretário de Estado da cultura [não é gralha, é mesmo cultura] revogou o despacho que assinou há dois anos. A colecção continua no Porto, o que não teria mal se pudesse ser vista. Mas não pode. Portanto, o que a partir de hoje pode ser visto são pouco mais de sessenta obras (Ângelo, Lapa, Sarmento, etc.), distribuídas por 25 salas acabadas de restaurar, umas com chão de pedra, outras de madeira, tudo sem ligação ao primitivo edifício do Museu do Chiado. Catálogo não há, porque David Santos, que se demitiu de director do museu no passado dia 8, proibiu a sua distribuição. A propriedade intelectual ainda está em vigor.
 
Logo à tarde haverá manifestação à porta do museu: nenhum artista ou agente cultural porá os pés no “novo” MNAC.