sábado, 19 de dezembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 3.835 infectados e 86 mortos. Mais 4.124 recuperados.

NORTE + 1.489 infectados [+ 43 mortos]

CENTRO + 796 [+ 10]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.169 [+ 29]

ALENTEJO + 256 [+ 2]

ALGARVE + 68 [+ 1]

AÇORES + 21 / MADEIRA + 36 [+ 1]

Clique na imagem da DGS para abrir.

CESOP


Sondagem do CESOP da Universidade Católica para o Público e a RTP, divulgada hoje.

Clique na imagem do Público.

VACINAS

Vários países — China, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Rússia e Reino Unido — iniciaram já a vacinação Covid dos grupos que cada um considera prioritários.

O curioso é que ainda ninguém viu uma personalidade pública de relevo planetário a ser vacinada. O director-geral da OMS não deveria dar o exemplo? E quem diz o senhor Tedros Adhanom diz o secretário-geral das Nações Uuidas, o CEO da Pfizer e os das restantes farmacêuticas envolvidas, etc. Verdade que Mike Pence, vice-Presidente em exercício dos EUA, deu o braço às televisões, mas o senhor Pence é irrelevante. Putin não foi vacinado. Nem Trump. Nem a rainha.

Nos países da UE a vacinação começará, alegadamente, no próximo dia 27 (mas pode ir até 29). O que fará Marcelo? O que farão os outros candidatos presidenciais?

Ontem, no Expresso da Meia-Noite, Francisco Ramos, coordenador nacional da vacinação, despejou um balde de água fria nas expectativas de muita gente. Tudo é falível: datas, eficácia, lotes disponíveis. Fez bem em pôr os pontos nos ii.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.336 infectados e 75 mortos. Mais 3.662 recuperados.

NORTE + 2.001 infectados [+ 31 mortos]

CENTRO + 674 [+ 12]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.360 [+ 27]

ALENTEJO + 195 [+ 4]

ALGARVE + 67

AÇORES + 21 [+ 1] / MADEIRA + 18

Clique na imagem da DGS para abrir.

SONDAGEM ISCTE E ICS


A sondagem do ISCTE e do ICS, divulgada no Expresso e na SIC, causa do notório destrambelhamento de Rui Rio no Twitter.

Catorze pontos separam o PS do PSD. Sozinho, o PS tem mais que toda a Direita junta.

Clique na imagem para ver melhor.

NOJO


Como é possível descer tão baixo?
Imagem: Twitter de Rui Rio. Clique.


SEF COM NOVA DIRECÇÃO


O tenente-general Luís Francisco Botelho Miguel, comandante-geral da GNR até Julho passado, acaba de ser nomeado director do SEF.

Cabe-lhe dirigir o processo de reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, assegurando «a separação orgânica entre as funções policiais e as funções administrativas de autorização e documentação de imigrantes

No momento em que se avolumam as denúncias de atropelos aos direitos humanos no âmbito do SEF (uma prática de anos, segundo esses testemunhos), é tempo de pôr ordem na casa.

Clique na imagem.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.320 infectados e 87 mortos. Mais 3.309 recuperados.

NORTE + 1.992 infectados [+ 40 mortos]

CENTRO + 731 [+ 15]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.288 [+ 28]

ALENTEJO + 169 [+ 3]

ALGARVE + 73

AÇORES + 32 / MADEIRA + 35 [+ 1]

Clique na imagem da DGS para abrir.

SEIS MULHERES


Hoje na Sábado.

À beira de completar 48 anos, a francesa Vanessa Springora (n. 1972), editora da Julliard, publicou Consentimento, primeiro e único livro que escreveu, logo premiado com o prémio Jean-Jacques Rousseau para literatura autobiográfica. A onda de choque atingiu os leitores não familiarizados com os interditos do demi-monde, mas não surpreendeu o meio literário. Poucos ignoram que Gabriel Matzneff gosta de rapariguinhas — e também de rapazinhos —, preferência documentada ao longo da obra, razão pela qual as revelações de Vanessa Springora acrescentam pouco. Perturba descobrir os detalhes da intensa ligação sexual, consentida, que uniu V. e G., ou seja, entre uma rapariga de 14 anos e um homem de 50, mas literatura não é sinónimo de moral. Além do prémio, Consentimento vendeu cerca de cem mil exemplares. Entretanto, os livros de Matzneff, hoje com 84 anos, foram retirados de muitas livrarias francesas, em especial o ensaio Les Moins de Seize Ans (1974). Vanessa Springora resume: escrevi para «apanhar o caçador na sua própria armadilha, prendê-lo num livro.» Valeu a pena?

Acaba de ser traduzido o romance mais recente de Mariana Enriquez (n. 1973), A Nossa Parte da Noite. Jornalista e escritora argentina, a obra de Mariana Enriquez adapta ao imaginário sul-americano a tradição gótica. A partir desse amálgama de fantasia e horror, a autora constrói um universo que os leitores portugueses conhecem desde, pelo menos, As Coisas Que Perdemos no Fogo (2017). Retrato cru da ditadura militar argentina, A Nossa Parte da Noite não constitui excepção. O facto de o fazer por intermédio de uma narrativa que mistura médiuns, satanismo, masmorras, rituais de sexo, etc., não belisca a descrição da tragédia em que o país viveu mergulhado.

Enquanto não chega a biografia de Agustina Bessa-Luís escrita pelo historiador Rui Ramos, um novo contributo faz luz sobre a vida da grande escritora. Refiro-me a Sapatos de Corda, de Mónica Baldaque, relato desempoeirado da vida da mãe: relações de família, o Douro, a Obra, os anos de Esposende, a casa do Gólgota, os Verões em Guéthary, a desconfiança do milieu literário, o enfado com o paroquialismo indígena, a política, as viagens, os filmes de Manoel de Oliveira, a saída de cena em 2007, a presença constante de Alberto Luís. Vasta iconografia ilustra o livro, cheio de episódios surpreendentes, como, entre outros, o do Jaguar que pediu (e recebeu) a título de royalties… Imprescindível.

A obra de Rachel Ingalls (1940-2019) é um dos segredos mais bem guardados da literatura de língua inglesa. Admirada pelos seus pares e nos círculos cultos dos dois lados do Atlântico, não é um nome familiar ao grande público. Agora temos Mrs. Caliban para avaliar a excelência desta americana que viveu quase toda a vida na Inglaterra. Se viu A Forma da Água (2017), o filme de Guillermo del Toro, fica com a sensação de que ele se “inspirou” no livro de 1983. Decerto não por acaso, a obra-prima de Rachel Ingalls foi reeditada em 2017. Enfim, até um leitor distraído se interroga sobre onde viu ou ouviu falar de uma mulher apaixonada por um anfíbio gigante com pele verde-acastanhada. Felizmente, a prosa da autora é infinitamente superior às capacidades do cineasta. Quem gosta de fábulas (esta é sobre solidão) vai com certeza deliciar-se com este romance breve mas intenso.

Um novo subgénero faz o seu caminho: o da literatura de imigrantes sem resquícios de auto-complacência. É o caso de Yaa Gyasi (n. 1989), nascida no Gana, radicada desde criança nos Estados Unidos, autora de dois livros, ambos premiados sob aplauso geral. Reino Transcendente relata o quotidiano de uma doutoranda de Stanford, oriunda de África, forçada a gerir as obrigações académicas com a depressão da mãe. Numa escrita fluente, Yaa Gyasi diz o que tem a dizer sem os clichês associados ao proselitismo étnico da political correctness.

Até aos anos 1970, a literatura francesa foi determinante na cultura do Ocidente. Quase todos crescemos à sombra da vasta plêiade que vai de Balzac a Marguerite Duras, mais uma centena entre ambos. Isso acabou. Annie Ernaux (n. 1940) destaca-se nas raras excepções, como descobrirá quem ler Uma Paixão Simples, brevíssimo récit que volta às livrarias na irrepreensível tradução de Tereza Coelho. Só uma grande autora podia escrever um livro assim, misto de diário («não conto uma história») e bloco de notas, 70 páginas de uma crueza desarmante: «Não quero explicar a minha paixão […] quero, simplesmente, expô-la.» Notável.

Clique na imagem.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

TODA A HERESIA SERÁ CASTIGADA

O JL que saiu hoje é um número especial dedicado exclusivamente a Eduardo Lourenço. Um dos textos sobre o autor homenageado é de Eugénio Lisboa, colaborador do jornal praticamente desde a sua fundação.

Aparentemente, o texto merece reservas a José Carlos de Vasconcelos, o director. Eugénio Lisboa sentiu-se visado pelas farpas do editorial e bateu com a porta.

Aqui fica a carta de demissão de Eugénio Lisboa:

«José Carlos de Vasconcelos, quero comunicar-lhe que não volto a colaborar no JL. Enquanto o fiz, procurei sempre dizer, com franc parler que devo a bons e íntegros mestres, aquilo que penso: com admiração, quando ela é devida, mas sem idolatrias próprias de ditaduras de terceiro mundo. 

Para este número, dedicado a Eduardo Lourenço, enviei-lhe um texto a seu pedido. Isso convocava, da sua parte, no mínimo, neutralidade e cortesia, não as farpas envenenadas da sua editorial.

A minha colaboração de tantos anos, que não é de qualidade “imaginária” — ou, se é, porque continuou a mantê-la? — não justifica um ataque tão enviesado. A minha visão do Eduardo Lourenço é a minha, a que sinceramente tenho e posso garantir-lhe que não estou só.

Seja como for, não voltarei a incomodá-lo com os meus textos e desejo bom futuro ao JL.»

Definitivamente, vivemos no país do beija-mão. Digo eu.

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.720 infectados e 82 mortos. Mais 3.681 recuperados.

NORTE + 2.182 infectados [+ 35 mortos]

CENTRO + 840 [+ 14]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.375 [+ 30]

ALENTEJO + 177 [+ 2]

ALGARVE + 94 [+ 1]

AÇORES + 36 / MADEIRA + 16

Clique na imagem da DGS para abrir.

QUAL A SURPRESA?


Sondagem do CESOP da Universidade Católica para o Público e a RTP, divulgada hoje.

Marcelo 68% / Ana Gomes 13% / André Ventura 8% / João Ferreira 5% / Marisa Matias 5% / Tiago Gonçalves 1%.

«Os eleitores do BE inquiridos nesta sondagem que já decidiram o sentido de voto preferem Marcelo mesmo contra Marisa Matias (28% contra 13%), embora haja 31% destes eleitores que ainda não decidiram em quem votar. 

A candidata do Bloco perde, entre os eleitores do BE, também contra Ana Gomes, que recolhe 17% das intenções de voto neste universo.

Uma curiosidade: 2% dos eleitores bloquistas expressam intenção de votar em André Ventura

Clique na imagem do Público.

EXECUTIVO BIDEN


Mais três nomes para o executivo de Biden.

Transportes — Pete Buttigieg, 38 anos, Mayor de South Bend entre 2012 e 2020, homossexual, casado com um homem, protestante, poliglota, formado em História (Harvard) e Literatura (Oxford), antigo tenente da Marinha e veterano no Afeganistão, concorreu às Primárias democratas de 2020, desistindo a favor de Biden. 

Energia — Jennifer Granholm, 61 anos, Procuradora-Geral (1999-2003) e Governadora do Michigan (2003-2011), formada em Arte (Berkeley) e Direito (Harvard), antiga editora-chefe da Harvard Civil Rights-Civil Liberties Law Review. Ms Granholm nasceu no Canadá mas está naturalizada americana desde 1963. É casada com um homem e tem três filhos.

Clima — Gina McCarthy, 66 anos, formada em Antropologia Social (Boston) e Engenharia Ambiental (Tufts), directora desde 2018 do Centro para o Clima, Saúde e Meio Ambiente da Universidade de Harvard, actual presidente do Conselho de Defesa de Recursos Naturais, antiga administradora da Agência de Protecção Ambiental (2013-17). É casada com um homem e tem três filhos.

Pete Buttigieg, Jennifer Granholm e Gina McCarthy juntam-se aos nomes já conhecidos, casos de, entre outros, Ron Klain, como Chief of Staff, Antony J. Blinken, como Secretary of State (MNE), Janet L. Yellen, no Tesouro, Avril Haines, na liderança do Intelligence, Alejandro Mayorkas (cubano naturalizado americano), na Segurança Interna, John Kerry, como “czar” do Ambiente, e a embaixadora afro-americana Linda Thomas-Greenfield nas Nações Unidas.

A foto de Pete Buttigieg é da Vogue. Clique.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 2.638 infectados e 84 mortos. Mais 5.761 recuperados.

NORTE + 1.348 infectados [+ 36 mortos]

CENTRO + 436 [+ 18]

LISBOA E VALE DO TEJO + 682 [+ 26]

ALENTEJO + 59 [+ 3]

ALGARVE + 42

AÇORES + 44 / MADEIRA + 27 [+ 1]

Clique na imagem da DGS para abrir.

CONVERGÊNCIA CÓSMICA

Peter Baker, no New York Times

«Quando os historiadores do futuro fecharem os livros sobre o desastre de 2020, um ano extremamente cansativo e difícil, com doença, morte, conflitos raciais, violência nas ruas, colapso económico e discórdia política como não se via nos Estados Unidos há gerações, eles podem olhar para trás, para esta segunda-feira, 14 de Dezembro, como um momento crucial. Foi nesse dia que os americanos começaram a arregaçar as mangas para uma vacina produzida em tempo recorde para derrotar um vírus [...] E foi nesse dia que os membros do Colégio Eleitoral se reuniram em cada um dos 50 estados para ratificar o fim da eleição mais polarizada do século.»  

A expressão convergência cósmica é do advogado republicano Benjamin L. Ginsberg, um dos republicanos que criticou os esforços de Trump para distorcer o resultado das eleições.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

COLÉGIO ELEITORAL CONFIRMA BIDEN


Eram 17:27 horas locais quando os 55 votos eleitorais da Califórnia fizeram Biden ultrapassar a fasquia de 270 votos, mínimo exigido pelo Colégio Eleitoral para confirmar a vitória.

Não houve “eleitores infiéis” (aqueles que votam contra a resultado do voto popular), como a Constituição permite, e tudo acabou bem.

Biden tornou-se oficialmente o 46.º Presidente dos Estados Unidos.

Clique na imagem do NYT.

JOHN LE CARRÉ 1931-2020


Hoje na Sábado.

A notícia chegou domingo à noite, mas John Le Carré morreu no sábado, 12 de Dezembro. Tinha 89 anos e estava internado no Royal Cornwall Hospital com uma pneumonia.

Margaret Atwood e Simon Sebag Montefiore reagiram imediatamente. A escritora canadense foi peremptória: George Smiley, o espião que Chamada Para a Morte (1961) acrescentou à literatura, é «a chave» para a compreensão dos anos da Guerra Fria. Ter em conta que Smiley é o protagonista de dez dos trinta livros publicados por Le Carré até 2019. O historiador foi curto, classificando Le Carré como «o gigante da literatura inglesa».

Mas é um erro supor que John Le Carré foi apenas um brilhante autor de thrillers de espionagem. Le Carré é um dos nomes mais importantes da literatura de língua inglesa em qualquer género. Em 2013, já Ian McEwan havia dito numa entrevista que ele era «o romancista inglês mais importante da segunda metade do século XX […] ilustrando o declínio britânico como mais ninguém.» Com efeito, o facto de ter trabalhado nos serviços secretos britânicos durante 15 anos, primeiro no MI5, depois no MI6 (o mesmo fizeram Somerset Maugham e Graham Greene, para citar apenas dois), apenas o habilitou a descrever, com energia e sarcasmo, aquilo a que chamou o Circo. A fuga de Kim Philby para Moscovo pôs fim a essa fase da sua vida. Ironia suprema: por todo o mundo, os serviços de Intelligence subsumiram como jargão próprio os termos que Le Carré utiliza nos livros que escreveu. Dito de outro modo, a realidade adoptou a ficção. Como sublinha Boyd Tonkin, desde J.R.R. Tolkien que nenhum outro autor criou um «laboratório da natureza humana» de tal envergadura.

Nascido David John Moore Cornwell, a 19 de Outubro de 1931, em Pool, na Inglaterra, escolheu o pseudónimo que o celebrizou. A fama planetária chegou com o terceiro livro, O Espião Que Saiu do Frio (1963), adaptado ao cinema por Martin Ritt. A partir daí, Le Carré entrou na lenda. 

Oriundo de uma família problemática — quem leu as memórias coligidas em Túnel de Pombos lembra-se do capítulo sobre Ronnie, «vigarista, fantasista, preso ocasional e meu pai…» —, foi educado em colégios privados, estudou na Universidade de Berna e em Oxford, formou-se em línguas modernas e deu aulas em Eton. Não ter visto a mãe dos 5 aos 21 anos de idade não terá ajudado.

Além do conflito Leste/Oeste, o espectro da obra inclui temas tão diferentes como as “prioridades” da indústria farmacêutica, os trambiques da ajuda humanitária internacional, a queda do Muro de Berlim, o colapso da URSS, o tráfico de pessoas e armas, o expansionismo israelita, o “zelo” securitário que se seguiu ao 11 de Setembro, lavagem de dinheiro, etc. Livros como A Toupeira (1974), O Ilustre Colegial (1977), A Gente de Smiley (1979), Um Espião Perfeito (1986, o mais autobiográfico de todos), O Gerente da Noite (1993), O Nosso Jogo (1995), O Fiel Jardineiro (2001), Amigos Para Sempre (2003), Um Traidor dos Nossos (2010), Uma Verdade Incómoda (2013), para citar apenas alguns, são hoje clássicos. Como escreveu Timothy Garton Ash, em 1999, na New Yorker, «o verdadeiro assunto de Le Carré não é a espionagem, é o labirinto infinitamente enganador das relações humanas…»

Adversário de Trump e Boris Johnson, equiparava-os a mafiosos. No último livro, Agente em Campo, publicado em Outubro de 2019, ambos estão no centro da intriga, que gira em torno do hipotético conluio (encoberto) entre os Estados Unidos e os serviços secretos britânicos, com o intuito de desacreditar a União Europeia… As derradeiras ilusões que tinha com o Reino Unido perdeu-as com o Brexit.

Avesso a homenagens (recusou ser feito Cavaleiro pela rainha), recebeu vários prémios literários, o mais recente dos quais o Olof Palme 2019, que lhe foi atribuído «pela qualidade e humanismo da sua escrita, acerca da liberdade do indivíduo e das questões fundamentais da humanidade.» Casou duas vezes e é pai de quatro filhos (o mais novo é o escritor Nick Harkaway). Vivia na Cornualha há mais de quarenta anos, embora tivesse mantido a casa de Londres, em Hampstead.

Clique na imagem.

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 2.194 infectados e 90 mortos. Mais 2.955 recuperados.

NORTE + 936 infectados [+ 29 mortos]

CENTRO + 255 [+ 24]

LISBOA E VALE DO TEJO + 777 [+ 32]

ALENTEJO + 101 [+ 3]

ALGARVE + 39 [+ 2]

AÇORES + 62 / MADEIRA + 24

Clique na imagem da DGS para abrir.

domingo, 13 de dezembro de 2020

COVID HOJE


Situação Covid-19 em Portugal, hoje.

Mais 4.044 infectados e 98 mortos. Mais 2.869 recuperados.

NORTE + 2.143 infectados [+ 43 mortos]

CENTRO + 520 [+ 18]

LISBOA E VALE DO TEJO + 1.112 [+ 30]

ALENTEJO + 162 [+ 4]

ALGARVE + 66 [+ 1]

AÇORES + 34 / MADEIRA + 7 [+ 2]

Clique na imagem da DGS para abrir.

SER OU NÃO SER


Como é natural, o statement de André Caldas sobre estar casado com um homem continua a provocar ondas de choque. Os jornais da manhã não ignoram a entrevista dada à revista da Universidade de Lisboa. Um deles nem se esquece de referir que o marido do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros é diplomata.

Tudo isto é natural nos países civilizados. Lembro-me bem da boa disposição de Merkel no casamento com outro homem de um antigo ministro seu dos Negócios Estrangeiros.

Nós por cá temos alguns exemplos de políticos que assumem publicamente a sua identidade sexual, como é o caso de Alexandre Quintanilha, o deputado do PS que casou em 2010 com o escritor Richard Zimler (sendo a união muito anterior), de Graça Fonseca, ministra da Cultura, de Adolfo Mesquita Nunes, antigo deputado e vice-presidente do CDS, para só citar casos de personalidades com responsabilidades públicas.

Em 2009, Miguel Vale de Almeida, antropólogo e activista LGBT, foi eleito deputado nas listas do PS. Creio que foi o primeiro a entrar em São Bento sem nada na manga.

Por isso me faz confusão que escritores e artistas novos (estou a pensar em gente com menos de 50 anos, alegadamente progressista), bastante conhecidos, não sejam capazes de dar um passo em frente. É pena. 

Sobre políticos de ambos os sexos que fazem tabu da sua identidade sexual, abstenho-me de comentar.

Clique na imagem da ULisboa.