Na campanha em curso, um dos méritos da forte exposição mediática dos candidatos do PSD, CDS, IL e CH tem sido a revelação das suas verdadeiras intenções: acabar o ajuste de contas com o 25 de Abril iniciado pelo Governo PSD/CDS em 2011.
Eu não me esqueço do que foram esses quatro anos:
— A subida brutal do IRS / a ominosa Contribuição Extraordinária de Solidariedade aplicada a todas as pensões de valor igual ou superior a mil euros / a retenção de 50% do subsídio de Natal de 2011 / os subsídios de férias pagos em duodécimos a partir de 2012 / a sobretaxa extraordinária de 3,5% / aprovação da Lei Cristas que desregulou o mercado do arrendamento urbano e provocou milhares de despejos arbitrários / a tentativa, chumbada pelo Tribunal Constitucional, de impor um tecto à acumulação das pensões com pensões de sobrevivência / a demonização ideológica dos encargos com idosos / a privatização da TAP, EDP, REN, GALP, CTT / o encerramento de todas as escolas do primeiro ciclo com menos de 20 alunos / a redução das indemnizações por despedimento / o aumento dos passes sociais em 15% / a subida do IVA do gás e da electricidade / o congelamento das carreiras dos funcionários públicos / a eliminação de quatro feriados nacionais / a redução das férias / o aumento da carga horária de trabalho / a tentativa de aumentar a Taxa Social Única dos trabalhadores e baixar a dos patrões / a tentativa de privatizar a RTP e a Caixa Geral de Depósitos / a tentativa de rever a Constituição da República / etc.
Não podemos esquecer.