domingo, 13 de junho de 2021

MERÍCIA


UM POEMA POR SEMANA — Para hoje escolhi Nasceu Um Menino Morto» de Merícia de Lemos (1913-1996), poetisa expatriada e, portanto, esquecida.

Natural da cidade da Beira, Moçambique, veio para Portugal em 1929 a fim de prosseguir estudos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1941 publicou o primeiro livro, Mar Interior. Em 1945 partiu para Paris, onde viveu até morrer. Com capas e hors-texte de Vieira da Silva, Dacosta, Cícero Dias e outros, os seus livros foram publicados na Guimarães, na Ática, na Imprensa Nacional, etc., mas também na Pierre Seghers, de Paris.

Tendo privado com a intelectualidade francesa do seu tempo, viajou por todo o mundo, colaborou na Seara Nova e outras publicações de prestígio. Interessada em artes plásticas — frequentou a École du Louvre —, foi, na capital francesa, durante meio século, antiquária.

O poema desta semana pertence a Rosa Rosae (1958). A imagem foi obtida a partir do 1.º volume da Terceira Série de Líricas Portuguesas, a mítica antologia organizada por Jorge de Sena, publicada pela Portugália [este primeiro volume] em 1972.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly e Alberto de Lacerda.]

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