quarta-feira, 3 de março de 2021

CTT & LISBOA


Sempre que tiver razões de queixa dos CTT, lembre-se que Carlos Moedas foi um dos principais artífices da privatização da empresa.

Se vive no concelho de Lisboa, não se esqueça disso quando for votar para a Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas.

Um dos melhores serviços europeus de correios enquanto prestaram serviço público, os CTT conseguem a proeza de ser, em 2021, piores do que eram nos anos 1950. Motivo: a privatização efectuada entre Dezembro de 2013 (apenas 70%) e Setembro de 2014 (os restantes 30%). Uma herança dos anos de chumbo.

Carlos Moedas não precisou de ser ministro para ser o elemento-chave do Governo PSD/CDS. Oriundo da Goldman Sachs e do Deutsche Bank, ocupou o cargo de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, sendo o interlocutor privilegiado da troika. 

Comissário Europeu para a Investigação, Inovação e Ciência (2014-19), actual administrador da Fundação Calouste de Gulbenkian, Moedas foi o coelho que Rui Rio tirou da cartola para fazer frente a Medina, mas o mais próximo que se lhe conhece sobre a gestão da cidade tem a ver com a direcção da Aguirre Newman Cosmopolita, uma imobiliária do segmento de luxo.

Não há escolhas inocentes.

Na imagem, Carlos Moedas e a mulher, Céline Abecassis-Moedas, directora de Formação de Executivos da Católica Lisbon SBE, ex-administradora dos CTT privados. Clique.