domingo, 7 de fevereiro de 2021

LUIZA NETO JORGE


UM POEMA POR SEMANA — Para hoje escolhi Recanto 13, de Luiza Neto Jorge (1939-1989), porventura a maior poeta-fêmea do século XX português.

Como sublinhei domingo passado, não tenciono publicar o melhor poema de cada poeta, seja lá o que isso for, nem sequer ‘o meu preferido’. Escolho poemas que considero representativos da identidade de quem os escreveu.

Natural de Lisboa, Luiza Neto Jorge morreu antes de completar 50 anos. Tradutora notabilíssima de poesia, ficção e teatro (estou a lembrar-me de Verlaine, Sade, Céline e Genet, mas foram muitos mais), viveu em Paris entre 1962 e 1970. Nunca tendo frequentado os salões literários de uma certa Lisboa, não goza da aura reservada aos happy few. Além de poesia, escreveu diálogos para filmes de Alberto Seixas Santos, Margarida Gil, Paulo Rocha e Solveig Nordlund.

O poema desta semana pertence ao livro Dezanove Recantos (1969). A imagem foi recolhida de Poesia (1993), volume da Assírio & Alvim que colige a sua poesia completa.

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