sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

A REESTRUTURAÇÃO


Ouvida na íntegra a comunicação com que Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, antecedeu a conferência de imprensa desta manhã, retive:

— Foi ponderada a insolvência da TAP, mas os seus custos eliminaram essa opção.

Até 2025, a TAP vai perder 6,7 mil milhões de euros.

— Antes de 2024, será necessário injectar na TAP um total de 3,8 mil milhões de euros.

— No imediato a TAP precisa de 970 milhões de euros. E ao longo de 2021 mais 300 milhões.

— As ineficiências e a desvantagem competitiva da TAP são anteriores à pandemia.

— As ineficiências foram agravadas a partir de 2015 com a gestão privada. Em 2020, a pandemia fez o resto.

— O rácio de tripulantes da TAP, por voo, é superior ao standard.

A TAP tem mais 19% de pilotos e mais 28% de tripulantes do que as companhias de bandeira da Europa. O ministro citou a Ibéria, a Lufthansa e a Air France/KLM.

— Os custos laborais, por piloto, subiram 37% entre 2017 e 2019. 

— Têm de ser despedidos dois mil trabalhadores efectivos. 

— Os trabalhadores contratados são dispensados.

— No imediato, a TAP reduz a frota de 108 para 88 aviões, privilegiando a utilização dos modelos A321 e A320.

— Os cortes salariais serão progressivos, até ao limite de 25%, aplicando-se apenas ao remanescente de 900 euros.

— É para manter o spoke–hub das rotas com o Brasil, América do Norte e África Ocidental.

— A redução de rotas ainda não está totalmente definida.

A seguir falou o secretário de Estado do Tesouro, mas já não ouvi. Também não ouvi as perguntas e respostas dos media.