Depois da directiva de William Barr, procurador-geral dos Estados Unidos, mantém-se o impasse nas eleições americanas.
Anteontem, Barr autorizou investigações sobre alegadas irregularidades na contagem dos votos, autorizando os procuradores federais a agir, embora tivesse o “cuidado” de sublinhar que a recontagem não deveria ser efectuada com base em alegações capciosas. A sua decisão fez com que Richard Pilger, o responsável nacional do Departamento de Justiça pela supervisão de fraudes eleitorais, renunciasse ao cargo.
O New York Times contactou as autoridades de todos os Estados, obtendo a garantia unânime de que tudo fora feito no estrito cumprimento da Lei. Por exemplo, Frank LaRose, secretário de Estado do Ohio, afirmou: «Sobre as eleições, há uma grande capacidade humana de inventar coisas que não são verdadeiras.» Em sentido contrário, Brad Raffensperger, secretário de Estado da Geórgia, ordenou a recontagem, embora Biden tenha (no Estado) uma vantagem de 14 mil votos.
Neste momento, a contagem nacional atribui 77,3 milhões de votos a Biden e 72,2 a Trump.
Entretanto, Biden já falou pessoalmente com Merkel, Macron, Boris Johnson e Benjamin Netanyahu.
O precedente não justifica a querela, mas Trump não é o primeiro a dificultar a transição a partir de alegações de fraude. Antes dele, outros nove Presidentes o fizeram.
Imagem: NYT. Clique.