A SIC e a TVI decidiram acabar com os programas de futebol em que os comentadores residentes são representantes dos clubes. Neste caso, representantes dos clubes significa representantes do FCP, do Benfica e do Sporting.
A decisão da SIC teve efeitos imediatos. A TVI mantém por enquanto o formato, mas acaba com ele após a próxima final da Taça de Portugal. Atenção: não acaba o comentariado futebolístico, o que acaba nestas duas estações é a presença de representantes dos clubes.
A medida podia (e devia) ser extensiva aos programas de comentário político, na rádio e na televisão, bem como às colunas de ‘opinião’ assinadas por deputados e ‘notáveis’ dos Partidos com representação parlamentar. Muita gente deixou de comprar jornais porque, em vez de notícias, progressivamente reduzidas à sua expressão mínima, vêem-se confrontadas com panfletos ‘ideológicos’ orientados para campanhas pessoais. São notórios os casos de Paulo Rangel e Francisco Assis (cito-os porque ambos têm noções de gramática), mas há mais.
Que saudades de Vasco Pulido Valente, Victor Cunha Rego e Nuno Brederode Santos. Com certeza que nenhum deles era independente. Mas nenhum escrevia sob tutela. Muito pelo contrário!