Foi ontem divulgado mais um relatório sobre o caos do National Health Service britânico.
Então é assim: entre Novembro de 2018 e Outubro de 2019 registaram-se 4,3 milhões de incidentes de segurança. Número exacto: 4.356.227 pacientes afectados, sobretudo com medicação inadequada, infecções generalizadas, cuidados incorrectos, crianças deitadas no chão por falta de camas, etc. Nove em cada dez directores de serviço queixam-se de falta de condições. Isto acontece no reino de Sua Majestade.
As eleições estão à porta e, lá como cá, a saúde rende.
O caos britânico não nos serve de consolação. Lembrar apenas, a quem não reparou ainda, que a “disfunção” do nosso Serviço Nacional de Saúde não começou ontem. Dura há cerca de vinte anos, embora os media falam dela como se antes de Centeno fosse tudo um mar de rosas. Nunca foi. As urgências continuam a dar resposta eficiente aos grandes sinistrados, mas o resto tem dias, varia consoante a unidade hospitalar e o perfil do paciente, etc. Sempre assim foi e será. O que mudou foi a vozearia dos profissionais e o agitprop militante.