quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

FERNANDO LEMOS 1926-2019


Fernando Lemos morreu ontem em São Paulo. Tinha 93 anos. Fotógrafo, poeta, desenhador, artista gráfico, pintor e designer, Lemos foi ainda docente na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

O álbum Eu Sou Fotografia, editado pelo Centro de Estudos do Surrealismo da Fundação Cupertino de Miranda, colige os melhores retratos, feitos entre 1949 e 1952, de Jorge de Sena, Alexandre O’Neill, Mário Cesariny, Alberto de Lacerda, Glicínia Quartin, José Cardoso Pires, Sophia de Mello Breyner Andresen, Arpad Szenes, Maria Helena Vieira da Silva, José-Augusto França e outros.

É autor de cinco livros de poesia: Teclado Universal (1952), Teclado Universal e Outros Poemas (1963), Cá & Lá (1985), O Silêncio é dos Pássaros (2001) e Pegadas na Paisagem (2013). Estes livros foram reunidos em volume único, Poesia, publicado em Junho de 2019.

Por razões políticas, expatriou-se no Brasil em 1953, país onde permaneceu até ao fim da vida, adquirindo dupla nacionalidade. Entre 1956 e 75 colaborou com o jornal Portugal Democrático, órgão da imigração anti-fascista, no qual também colaboravam Sena e Adolfo Casais Monteiro.

O documentário Fernando Lemos. Como, não é retrato? (2017), de Jorge Silva Melo, é porventura a mais tocante abordagem que conheço da obra e do homem.

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