Vítima de cancro, morreu a noite passada a actriz e cantora Anna Karina, musa de Godard, símbolo da nouvelle vague e referência do cinema francês dos anos 1960 e 70.
Além de Godard, com quem fez oito filmes, entre eles Une femme est une femme (1961), Vivre sa vie (1962) e Pierrot le Fou (1965), Anna Karina trabalhou com Rivette, Varda, Fassbinder, Vadim, Zurlini, Visconti, Cukor, Richardson, Delvaux, Ruiz e outros.
Nascida Hanne Karin Bayer, na Dinamarca, país onde teve vários empregos antes de ser modelo e cantora de cabaret, mudou o nome de nascença quando chegou a Paris. A sugestão partiu de Coco Chanel, com quem trabalhou. Ainda na Dinamarca, foi (aos 17 anos) o rosto da publicidade aos sabonetes Palmolive. Quem a descobriu para o cinema foi Godard, um dos seus quatro maridos. Assim que se conheceram convidou-a para À bout de souffle (1960), mas ela recusou.
Como cantora, ficaram famosas as canções que gravou com Serge Gainsbourg.
Tendo trabalhado como actriz em cinema, teatro e televisão, ainda arranjou tempo para escrever e publicar, entre 1973 e 1998, quatro romances.
Tendo trabalhado como actriz em cinema, teatro e televisão, ainda arranjou tempo para escrever e publicar, entre 1973 e 1998, quatro romances.
Tinha 79 anos.
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