No essencial, o conjunto das sondagens publicadas até 4 de Outubro aproximou-se da realidade. Não se pode dizer o mesmo das sondagens à boca das urnas, com números delirantes.
A excepção foi a do ICS/ISCTE para a SIC. Correcta.
A RTP fez uma cobertura passional dos resultados. Lamentável.
A triagem “fina” dos resultados, concelho a concelho, demonstra que Lisboa é uma coisa e o resto do país outra.
A anunciada subida do BE não se concretizou. O partido de Catarina Martins perdeu cerca de 58 mil votos, limitando-se a manter os deputados eleitos em 2015.
Assunção Cristas, a mulher que andou quatro anos a dizer (sem se rir e quase sempre de mão na anca) que ia ser primeira-ministra, assumiu cedo a derrota e declarou ir abandonar a liderança do CDS.
Rui Rio evitou a implosão do PSD, mas o partido foi derrotado em toda a linha. Por junto, a PAF perdeu cerca de 350 mil votos e 22 deputados (mas só 9 eram do PSD). É obra, mas 27,9% é muito mais do que conseguiria a tropa fandanga do passismo. O pior foi o discurso borderline.
Ainda Rio: com tanto ódio acumulado na Invicta, obteve um resultado respeitável [15 vs 17 deputados] na cidade de que foi edil.
Ao fim de 24 anos no Parlamento, Heloísa Apolónia, do PEV, não conseguiu ser eleita.
Os 39 mil votos do ALIANÇA não foram suficientes para eleger Santana Lopes.
Marinho Pinto não conseguiu eleger o Pardal.
António Costa fez um discurso muito longo. O mesmo se diga de Rio e outros. Uma velha pecha portuguesa.
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