quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A GREVE

Preso por ter cão, preso por não ter cão. Na greve da Primavera, caiu o Carmo e a Trindade porque, gritou a Oposição e sublinharam os media, o Governo não tinha tido pulso contra os motoristas de matérias perigosas.

Agora que o Governo tomou todas as medidas necessárias para minimizar o impacto de uma greve assente nos salários de 2022 (repito: 2022), aqui-d’el-rei que o primeiro-ministro impôs mão de ferro. É o diz o BE e sublinham alguns comentadores, sendo um deles Pacheco Pereira.

À cautela, o PCP lamenta a tentativa de enfraquecer os direitos dos trabalhadores tout court, mas, em simultâneo, vai dizendo que a luta dos motoristas tem contornos «obscuros» e é contra o interesse público.

PSD e CDS estão a banhos.

A bem ou a mal, este conflito tem de resolver-se. E o Governo (o actual, sem esperar pelas próximas eleições) tem a obrigação de arrancar com a construção do um oleoduto que garanta o abastecimento do aeroporto de Lisboa. Custa 40 milhões de euros? Paciência.