quinta-feira, 6 de junho de 2019

PREJUÍZOS & PRÉMIOS


Resultante da renovação da frota, um facto meritório, a TAP fechou o exercício do ano passado com 118 milhões de euros de prejuízos. Até aqui, nada de anormal. Pelo contrário.

Até porque a companhia contratou cerca de mil trabalhadores nos últimos seis meses, abriu novas rotas directas a partir de Lisboa (Washington, Chicago e São Francisco abrem nos próximos dias) e, como toda a gente sabe, não se fazem omeletes sem ovos.

O aspecto menos claro foi a Comissão Executiva ter atribuído a 180 trabalhadores, do topo à base, prémios no montante total de 1,17 milhões de euros. Os que receberam mais embolsaram 110 mil euros cada um.

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, não gostou:

«Este procedimento por parte da Comissão Executiva da TAP constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior accionista da TAP, o Estado português. O Governo solicitou a convocatória, com carácter de urgência, de uma reunião do Conselho de Administração para esclarecimento de todo o processo...»

Não esquecer que o Estado detém 50% do capital da empresa, estando representado por seis administradores no conselho de administração: Miguel Frasquilho, o presidente, Esmeralda Dourado, António Gomes Menezes, Ana Pinho, Bernardo Trindade e Diogo Lacerda Machado.

Na imagem, um dos novíssimos Airbus Neo. Clique.