segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

ÓSCARES 2019


Ontem foi noite de Óscares. A cerimónia, desta vez sem apresentador/a (opção tomada para evitar discursos heterodoxos), seguiu à risca o protocolo da political correctness.

Mais uma vez, Glenn Close, 72 anos em Março próximo, candidata pela oitava vez, perdeu o prémio de Melhor Actriz.

Verdade que Olivia Colman está superlativa no overacting que este ano lhe valeu o Óscar, mas eu teria preferido a subtileza de Glenn Close em The Wife. Provavelmente vai-lhe acontecer o mesmo que aconteceu a Peter O’Toole, oito vezes nomeado, teve de contentar-se em 2003 com um Óscar Honorário pelo conjunto da carreira.

Ontem, os prémios principais foram:

Como esperado, Olivia Colman, inglesa, activista da luta contra a violência exercida sobre mulheres, recebeu o Óscar de Melhor Actriz pela sua interpretação de Queen Anne (a rainha lésbica) em A Favorita.

Rami Malek, americano de origem egípcia, recebeu o Óscar de Melhor Actor pela sua interpretação de Freddie Mercury (o cantor homossexual que fez a fama dos Queen) em Bohemian Rhapsody.

Regina King recebeu o Óscar de Melhor Actriz Coadjuvante pela sua interpretação em Se esta rua falasse, inspirado no livro homónimo do escritor negro James Baldwin.

Mahershala Ali, muçulmano americano, premiado em 2017 com o Óscar de Melhor Actor Coadjuvante pela sua interpretação em Moonlight, repetiu o prémio pela sua interpretação em Green Book.

Green Book, de Peter Farrelly, recebeu o Óscar de Melhor Filme.

Álfonso Cuarón, mexicano, recebeu o Óscar de Melhor Realizador.

Roma, de Álfonso Cuarón, recebeu o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. É a primeira vez que um filme produzido por uma produtora de televisão (a Netflix), para exibição exclusiva em televisão, recebe um Óscar.

Nas imagens, de cima para baixo e da esquerda para a direita, Olivia Colman, Rami Malek, Regina King e Mahershala Ali. Clique.