Stephen Hawking morreu hoje de manhã. Tinha 76 anos. Foi o matemático, físico e cosmologista mais conhecido em todo o mundo, infelizmente pela pior razão: a esclerose lateral amiotrófica de que sofria desde 1963. A doença não o impediu de prosseguir investigações científicas decisivas para a humanidade, dar aulas, escrever dezasseis livros (sendo quatro de literatura para crianças) e participar do álbum The Division Bell (1994), dos Pink Floyd. Como tinha o sonho de experimentar a gravidade zero, a empresa Zero Gravity Corp proporcionou-lhe, em 2007, oito mergulhos parabólicos efectuados num avião especial.
Hawking casou duas vezes e foi pai de três filhos. A primeira mulher, Jane Hawking, professora, manteve uma relação extra-conjugal consentida e escreveu dois livros sobre a sua vida com Hawking. A segunda, Elaine Mason, enfermeira, foi acusada de abuso sobre o marido, mas Hawking não apresentou queixa, preferindo divorciar-se e voltar a privar com Jane, mãe dos seus filhos. Cinco dos seus livros, entre eles Breve História do Tempo (1988) e O Universo Numa Casca de Noz (2001), estão editados em Portugal pela Gradiva.