Hoje, primeiro aniversário do início da vaga de manifestações destinadas a forçar o impeachment de Dilma, o Brasil sai à rua com o apoio generalizado dos media e dos partidos da Oposição. Recordar que, a 13 de Março de 2015, em São Paulo, quando os manifestantes romperam a barreira do milhão (números oficiais: 1,2 milhões), ainda havia sectores da imprensa adversos da violência e os partidos da Oposição mantiveram-se na sombra. Hoje não. Hoje, até o PMDB apoia as manifestações, tendo feito saber que se prepara para retirar os seus ministros do Governo. Neste momento, Dilma e Lula são tratados de gangsters para cima. A rede Globo afronta directamente o Planalto. O arroz e o feijão praticamente desapareceram das lojas. O tom dos editoriais e das colunas de opinião ultrapassa todos os limites. A Associação Comercial de São Paulo e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo estão a incentivar os associados a aderirem às manifestações anti-Dilma: «Empresário, apareça, antes que você desapareça. Chega de pagar o pato.» A cadeia de ginásios Smart Fit encerra este domingo em sinal de apoio às manifestações. Entretanto, João Santana, o publicitário que monitorizou as campanhas de Dilma e do PT, foi preso. Vai ser um domingo muito quente.