Fernanda Câncio, no Diário de Notícias. Excerto, sublinhado meu:
«Só quem ache normal que nunca tivesse existido em Portugal um ministro negro não se terá emocionado ao ver ontem Francisca van Dunem tomar posse. [...] Daí que ontem me tenha surpreendido a comoção com que vi Van Dunem, com quem nunca na vida falei, a avançar, de forma que me pareceu particularmente altiva (imperial, apetece dizer), para a declaração e a assinatura. Tive a noção de estar a assistir a um momento histórico — quase tão importante, à nossa dimensão, como o foi a eleição de Obama nos EUA. E creio que também Van Dunem o sentiu - assim interpretei a maneira como, de olhos levantados, recitou a frase ritual. [...]»